=Paper= {{Paper |id=None |storemode=property |title=Integração de Padrões para Transferência de Informações Digitais no Fluxo de Trabalho de Modelagem de Reservatórios Baseada em Ontologias |pdfUrl=https://ceur-ws.org/Vol-1041/ontobras-2013_paper22.pdf |volume=Vol-1041 |dblpUrl=https://dblp.org/rec/conf/ontobras/WerlangA13 }} ==Integração de Padrões para Transferência de Informações Digitais no Fluxo de Trabalho de Modelagem de Reservatórios Baseada em Ontologias== https://ceur-ws.org/Vol-1041/ontobras-2013_paper22.pdf
  Integração de Padrões para Transferência de Informações
Digitais no Fluxo de Trabalho de Modelagem de Reservatórios
                    Baseada em Ontologias
                              Ricardo Werlang1 , Mara Abel1
   1
       Instituto de Informática – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
                                  Porto Alegre – RS – Brasil
                           {rwerlang,marabel}@inf.ufrgs.br

       Abstract. In the workflow of petroleum reservoir characterization, experts seek
       an integrated vision of the data issued from the same oil field, generated by
       the application of different techniques and represented in different standards
       and formats. Also, the same geological objects analyzed by different professi-
       onals assume distinct semantic representations and complementary in suppor-
       ting decision-making. In this work, we aim to delimit the most used data and its
       formats in the construction of structural models and also to propose a semantic-
       based integrated approach using ontologies to capture the real meaning of the
       information and not just the specific technology used to represent it.

       Resumo. No fluxo de trabalho de caracterização de reservatórios de petróleo,
       especialistas buscam uma visão integrada dos dados do mesmo campo petro-
       lífero, originados pela aplicação de diferentes técnicas e representados em pa-
       drões e formatos diversos. Além disso, os mesmos objetos geológicos analisados
       por diferentes profissionais assumem significados semânticos e representações
       distintas e complementares no suporte à tomada de decisão. Nesse trabalho,
       pretende-se delimitar os dados e os formatos mais utilizados na construção de
       modelos estruturais e, também, propor uma abordagem de integração semân-
       tica utilizando ontologias que capture o significado real da informação e não
       apenas a tecnologia específica utilizada para representá-la.

1. Introdução
O processo de modelagem de reservatórios de petróleo envolve uma complexa sucessão
de atividades que dependem do tipo de modelo que é construído e das opções que são leva-
das em consideração para construí-lo. Estas atividades podem ser classificadas de acordo
com o objetivo de estudo do modelo de reservatório em construção, que pode estar rela-
cionado, segundo [Perrin and Rainaud 2013], com a geometria, na construção do modelo
estrutural; com as características da rocha, na construção do modelo estratigráfico; e com
os fluídos de um reservatório de petróleo, no modelo de reservatório.
        Grande parte destas atividades, contudo, envolvem o uso de uma grande quanti-
dade de dados, que são gerados diariamente por técnicas distintas e que necessitam ser
analisados e interpretados pelos diferentes profissionais envolvidos na construção de mo-
delos de reservatórios. No entanto, para usufruir do valor da informação contida nesses
dados em diferentes formatos, os profissionais necessitam de acesso imediato às informa-
ções, de uma visão integrada das informações e de um completo gerenciamento do conhe-
cimento já adquirido sobre as informações disponíveis [Soma et al. 2008]. Necessita-se,

                                            191
portanto, de uma abordagem que permita a integração real dos objetos modelados e não
apenas dos formatos de dados. Além disso, a abordagem de integração deve descre-
ver tanto objetos quanto propriedades em uma linguagem uniforme, permitindo a todos
os envolvidos o acesso às informações em qualquer etapa do processo de modelagem.
Necessita-se, neste caso, de uma abordagem de integração semântica dos dados.
        O uso de ontologias para modelar os diversos elementos do domínio, como rocha
e petróleo, e de bases de conhecimento para armazenar as informações das instâncias des-
ses elementos, como uma determina porção de rocha ou de petróleo, vem sendo proposto
para resolver os problemas de integração de dados enfrentados nas operações de mode-
lagem de reservatórios de petróleo. Além disso, nas últimas décadas, diversos padrões
abertos ou proprietários foram propostos e utilizados para transferência de informações
digitais entre as diferentes etapas e atividades envolvidas no fluxo de trabalho de mode-
lagem de reservatórios. Esses padrões foram criados para resolver o problema de dados
criados em diferentes sistemas com formatos proprietários. A integração dos formatos
evidenciou o problema de que objetos geológicos podem assumir diferentes significados
em etapas distintas da exploração de petróleo. Embora sejam muitas vezes referenciados
pelo mesmo vocabulário, são definidos por atributos distintos, que buscam atender o papel
daquele objeto em uma etapa particular da exploração.
        Nesse trabalho, serão definidas as atividades que envolvem a interpretação de dife-
rentes formatos de dados no processo de construção de um modelo estrutural e, também,
proposta uma abordagem de integração semântica, utilizando ontologias, que resolva os
principais problemas enfrentados no processo de modelagem.
        O restante do texto está organizado da seguinte maneira: a Seção 2 apresenta os
padrões para troca de informações mais utilizados na indústria de petróleo; a Seção 3
contém uma visão geral da cadeia de exploração de petróleo, destacando as atividades
da modelagem estrutural; a Seção 4 comporta o uso de ontologias e a abordagem de
integração proposta; e a Seção 5 conclui o trabalho, expondo os trabalhos futuros.

2. Padrões para Trocas de Informações Digitais
A criação de uma plataforma de trabalho comum sempre foi uma das maiores preocupa-
ções dos fornecedores de softwares para a indústria do petróleo. No entanto, do ponto de
vista do usuário, ainda é muito difícil transferir dados de uma plataforma para outra. O
principal motivo é o histórico complicado do mercado de geomodelagem, caracterizado
por extensões ou reconstruções de produtos, aquisições de softwares e fusões de empresas.
Perrin et al., em [Perrin and Rainaud 2013], apresenta a evolução histórica das ferramen-
tas para modelagem, que começaram a surgir em meados dos anos 80, com o objetivo de
representar as superfícies geológicas e as propriedades petrofísicas das rochas.
       No início de 1990, as descrições de reservatórios só poderiam ser trocadas através
da escrita e leitura de arquivos de dados proprietários, que transportavam informações
limitadas. Na tentativa de facilitar a comunicação entre os diversos softwares utilizados
no fluxo de trabalho para construção de modelos da Terra, diversos estudos foram feitos
e algumas tentativas de padronização foram propostas. O objetivo da criação de padrões,
que são definidos pelos metadados que dão significado e contexto às informações repre-
sentadas, é permitir que a semântica dos dados seja revelada.
       Entre os padrões mais utilizados na indústria, destaca-se o Log ASCII Standard

                                           192
(LAS), que foi proposto em 1990, pela Canadian Well Logging Society1 . O LAS é um pa-
drão utilizado para facilitar e simplificar a troca de informações digitais de dados de log de
poços. Por ter sido proposto no formato ASCII, que possibilita a importação e exportação
para qualquer plataforma, o LAS teve ampla aceitação e utilização na indústria. Contudo,
padrões mais recentes, que utilizam tecnologias que promovem a interoperabilidade de
uma maneira mais natural, como o XML (eXtensible Markup Language), vêm sendo pro-
postos nas últimas décadas e estão sendo cada vez mais utilizados. A Energistics2 tem
sido a líder na exploração do XML dentro da indústria do petróleo, através da proposta
de diversos padrões: o WITSML, como um padrão para transferência de informações de
perfuração de poços; o PRODML, para transferência de dados de operações de produção;
e o RESQML, para transferência de dados contendo descrições de modelos.

3. Atividades de Modelagem de Reservatórios para Exploração de Petróleo
Exploração de petróleo é uma atividade na qual a aquisição, a distribuição e o uso do co-
nhecimento dos especialistas são críticos para a tomada de decisão. Modelos geológicos
são ferramentas chaves para a identificação e caracterização de potenciais reservatórios
de hidrocarbonetos. Modelos geológicos são representações, 3D ou 4D, de dados e in-
terpretações relacionadas com recursos do subsolo e são desenvolvidos por diferentes
profissionais, como geólogos, geofísicos e engenheiros, que são responsáveis pela evo-
lução de um potencial reservatório de petróleo, através de várias etapas de modelagem
conhecida como fluxo de trabalho de modelagem de reservatórios [Mastella 2010].
        O fluxo de trabalho de modelagem de reservatórios começa com a definição da
área de interesse a ser modelada, conhecida como prospecto. É realizada, então, a aquisi-
ção dos dados sísmicos e de perfuração de poços, assim como dos documentos e mapas da
geologia regional. Com estes dados, é realizada a construção do modelo estrutural, que é
essencial para determinar a localização de armadilhas de hidrocarbonetos e, consequente-
mente, para a identificação de possíveis campos petrolíferos e para uma possível avaliação
do volume de óleo disponível. A Figura 1 ilustra as principais atividades realizadas na
construção do modelo estrutural, como a interpretação de log de poços, as interpretações
geológica e sísmica, o encaixe das marcações de poços e a modelagem de superfície. A
descrição detalhada das atividades pode ser encontrada em [Perrin and Rainaud 2013].
Pelo fato de todas estas atividades envolverem uma grande quantidade de dados, enfa-
tizamos os principais formatos de dados utilizados. Entre estes dados, alguns tendem a
seguir um determinado padrão, como o LAS e o WITSML, que são os mais utilizados.
Outros dados, contudo, não seguem praticamente nenhuma estrutura, como os tipos DAT,
SEG-Y, PLO e documentos, planilhas, anotações e mapas geológicos.
        Após a construção do modelo estrutural, são construídas as malhas estratigráficas
dentro de cada bloco geológico definido no modelo estrutural. Estas malhas são divididas
por diversas células, que devem carregar as propriedades petrofísicas das rochas. Para
isso, são utilizados dados de estudos de laboratório. Estas propriedades são propagadas
para todo o volume utilizando simulações geo-estatísticas. O resultado deste processo é o
modelo estratigráfico. Este modelo, juntamente com o resultado do processo de aprimo-
ramento da malha estratigráfica, resulta no modelo de reservatório, utilizado para simular
a quantidade de óleo acumulado no subsolo.
   1
       http://www.cwls.org/
   2
       http://www.energistics.org/


                                            193
             Figura 1. Construção do Modelo Estrutural [Perrin and Rainaud 2013]


4. Integração Baseada em Ontologias
Diversas entidades, companhias de petróleo e consórcios de Geociências vêm emitindo di-
versas codificações e formalizações do conhecimento geológico durante os últimos anos.
Entre os levantamentos geológicos, destacam-se: o modelo GeoSciML, que é uma for-
malização baseada na normativa GML (Geography Markup Language), para a represen-
tação de características geográficas e geométricas; o NADM (North American Geologic
Map Data Model), projetado como uma ontologia para desenvolvimento interoperável
de banco de dados geológicos centrados em mapas; e o projeto GEON (Geosciences
Network)3 , para a integração de mapas geológicos, cujos arquivos de origem contêm in-
formações com esquemas e vocabulários diferentes. Entre projetos de companhias de
petróleo, mesmo não englobando áreas das Geociências, merece destaque a ontologia
proposta no projeto IPP (Integrated Information Platform) para formalização de termino-
logias usadas na etapa de produção de petróleo, baseada no padrão ISO 15926.
        Além disso, muitas ontologias foram propostas para domínios específicos, tanto
ontologias de domínio quanto ontologias de nível superior. Entre as ontologias de do-
mínio, destacam-se: a ontologia proposta em [Abel et al. 2004], para descrição petro-
gráfica de rochas de reservatório; a ontologia proposta em [Lorenzatti et al. 2009], para
modelagem de estruturas sedimentares e atributos textuais de rochas; e a ontologia pro-
posta em [Perrin et al. 2005], que descreve os principais conceitos utilizados na mode-
lagem estrutural. Entre as ontologias de nível superior, destacam-se: a ontologia pro-
posta pelo projeto SWEET (Semantic Web for Earth and Environmental Terminology),
desenvolvida na NASA, que fornece milhares de termos sobre todo o sistema da Terra
[Raskin and Pan 2005]; e a ontologia proposta em [Mastella 2010], a Basic Geology, que
descreve e interconecta as entidades geológicas consideradas na modelagem de reserva-
tórios. A Basic Geology utiliza a GeoLocation, uma ontologia com termos geográficos;
  3
      http://www.geongrid.org/


                                            194
ontologias para as disciplinas de Paleogeography, Hydrogeology e Lithology; e ontologias
para definição e mapeamento de eras geológicas, Geological Time e Geological Dating.
        Nesse trabalho, propomos a reutilização dessas ontologias em destaque, objeti-
vando a construção de um modelo conceitual único que formalize tanto os conceitos ge-
ológicos, que estão envolvidos no processo de modelagem da Terra, quanto os conceitos
gerais do domínio. Utilizamos, para isso, o uso da abordagem de ontologia única para
integração de informações [Wache et al. 2001]. Contudo, no trabalho apresentando em
[Wache et al. 2001], o autor assume que todas as fontes de dados são bancos de dados.
Nosso problema, no entanto, é mais complexo, uma vez que as informações que dese-
jamos integrar estão representadas por diferentes formatos de arquivos e armazenadas
em diferentes fontes de informações, que devem ser mantidas nos locais e formatos ori-
ginais [Mastella 2010]. Além disso, em grandes indústrias de petróleo, os profissionais
envolvidos na modelagem necessitam de uma maneira eficiente para encontrar os dados
desejados, o que não corresponde à realidade atual. A forma de busca ideal é através de
consultas relacionadas aos significados reais dos dados, isto é, pela semântica dos dados.
        Identificou-se, portanto, a necessidade de resolver dois problemas: (i) localizar
os dados desejados e (ii) mapear as informações desses dados com o modelo conceitual
proposto. A fim de resolver o primeiro problema, propomos o uso de metadados, que
são definidos como dados sobre dados. Desse modo, para cada objeto de dados (arqui-
vos LAS, WITSML, DAT, PLO, Documentos Geológicos, etc.), são definidos dois tipos
de metadados: (i) metadados de informações de acesso, que definem como os objetos
de dados podem ser acessados, isto é, o local, o nome e o tipo (extensão) do arquivo;
(ii) metadados de proveniência, que descrevem como os objetos de dados foram criados,
incluindo o autor, a dada de criação e a data de última modificação.
        Uma vez com os metadados de informações de acesso e proveniência, os objetos
poderão ser processados por um analisador sintático, específico para cada padrão. Con-
siderando como gramática a sintaxe do padrão utilizado no arquivo, que declara precisa-
mente quais são os possíveis elementos a serem descritos, este analisador sintático poderá
auxiliar no mapeamento entre os objetos de dados e o modelo conceitual proposto. Nesse
processo, as informações dos arquivos deverão ser transformadas em instâncias ontológi-
cas, que serão armazenadas em uma base de conhecimento. Dessa maneira, os usuários
poderão realizar buscas nessa base de conhecimento através de consultas relacionadas aos
dados geológicos representados pelos objetos de dados.

5. Conclusão
Apresentamos, neste artigo, a necessidade de uma abordagem de integração dos objetos
de dados utilizados no fluxo de trabalho de modelagem de reservatórios. Esta aborda-
gem, contudo, deve levar em consideração o significado real dos dados e não apenas a
tecnologia utilizada para representá-los. Para isso, identificamos os principais objetos de
dados e padrões utilizados no processo e realizamos um levantamento das principais on-
tologias disponíveis para esse domínio. Propomos a reutilização dessas ontologias para
a construção de um modelo conceitual único, que é uma ferramenta chave para atender
as necessidades dos profissionais envolvidos no processo de modelagem: encontrar, de
maneira eficiente, os dados desejados, isto é, através da realização de consultas pelos sig-
nificados reais dos dados. Identificamos, então, os dois principais problemas enfrentados

                                           195
nas indústrias de petróleo e propomos soluções: (i) utilizar metadados para auxiliar na
localização dos arquivos desejados e (ii) extrair as informações dos dados, descritos por
padrões, para auxiliar os profissionais no mapeamento das informações geológicas, que
estão representadas nos objetos de dados, com o modelo conceitual proposto.
       No estado atual de desenvolvimento do trabalho, focamos no processo de constru-
ção do modelo estrutural. Em trabalhos futuros, pretendemos estender esse estudo para
todo processo de modelagem de reservatórios. Para isso, iremos analisar a construção dos
modelos estratigráfico e de reservatório, a fim de definir os principais padrões utilizados
e uma forma de mapeá-los ao modelo conceitual. A validação do modelo de integração
proposto será realizada através do desenvolvimento de um protótipo que permita o cadas-
tramento de novos objetos de dados e, posteriormente, a recuperação destes objetos de
dados através de consultas que relacionem os objetos geológicos que eles representam.

6. Agradecimentos
Este trabalho foi parcialmente financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pes-
soal de Nível Superior - CAPES, pelo Programa de Excelência Acadêmica - PROEX, as-
sim como pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq.

Referências
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