=Paper= {{Paper |id=Vol-1284/paper19 |storemode=property |title=Gestão do Risco e Qualidade no Desenvolvimento de Software |pdfUrl=https://ceur-ws.org/Vol-1284/paper19.pdf |volume=Vol-1284 |dblpUrl=https://dblp.org/rec/conf/quatic/Miguel01 }} ==Gestão do Risco e Qualidade no Desenvolvimento de Software== https://ceur-ws.org/Vol-1284/paper19.pdf
                                      Gest5o do Risco e Qualidade
                                                           no
                                     Desenvolvimento de Software
                                          Ant6nio Soares comes Miguel
                                          antonio.miuel@mail.telepac.pt




                                                                gestAo do risco e, em dltima inst&ncia da qualidade do
         Resumo: Esta comunicaAo discute o papel da             software desenvolvido.
Beso     do risco e da qualidade em projectos de
desenvolvimento de software. Discute, especificamente, a        A qualidade, como 6 discutida por Juran, apresenta um
import&ncia da gest&o do risco na satisfao          dos         significado duplo: caractensticasdo produto satisfazendo
objectivos de qualidade no desenvolvimento do produto           as necessidades do utilizador e isenAo de defici8ncias
adequado, num momento em que o mercado exige tempos             [Juran 19891. Desenvolver o produto certo, do modo
de desenvolvimento cada vez mais curtos.                        certo, conscituemfactores necessarios e compZementares,
                                                                no sentido da satisfao        do cliente. Satisfazer as
        S-ao apresentados os elementos de uma                   exig8ncias do prazo de disponibiliza5o (me-to
metodologia de Gestiio Integrada do Risco, incluindo os         market),revela-se igualmenteimportancepara a satisfa80
processos   centrals de      identifica2o,    avaliaAo,         do cliente/utilizador e critico para a sobrevivBncia da
pZaneamento,monitorizao e controlo, bem como a sua
                                                                organizao.
integrao na geso de projectos. Esta metodologia foi
desenvolvida no     bito da tese de doutoramento em             No entanto,no domfnio dos projectos de desenvolvimento
Sistemas de InformaAo, em que o autor Se encontra               de software, o panoramamio 6 animador.De acordo com
envolvido.                                                      as conclus6es de um estudo conduzido nos EUA, em
                                                                1995, pelo Standish Group [Standish Group International
                                                                19961, 3J,I% dos novos projectos de Sistemas de
        PaIavms Chavez Gestiio do risco, projectos de           Informa5o foram cancelados antes do sen t6rmino,
desenvolvimento de software, equipas, qualidade.                acarretandocustos calculados em cerca de 81 mil milh6es
                                                                de d6lares. Para al6m disso, 52,7% dos projectos
                                                                completados, custaram J89%, das estimativas originais,
                       lutrodoo                                 com custos adicionais de cerca de 59 mil milh6es de
No ambiente econ6mico actual, a corridapela qualidade6          d6lares para as organiza6es. 0 custo das oportunidades
a corrida pela sobreviv&ncia,tendo a marca da qualidade         perdidas mio sdo mensurdveis, mas poderiam ser
emergido como uma vantagem competitivapara o sucesso            facilmente de triJi5es de d6lares [Standish Group
das organiza96es.                                               InternationalJ996].
Para complicar os desafios da competiBo, a rapidez da           A literatura cientifica mostra que estes casos nAo
mudana do pr6prio ambianceecon6mico 6 cada vez mais             constituem incidentes isolados, antes ocorrem com
aceJerada. Esta acelera98o da mudana resultou nuxn              aJannantefrequ8nciaem organiza6es de todos os tipos e
'time-to-market"mais curto [Vesey 1992} [Akao 1990) e           dimens6es [Keil and Montealegre 20001 [Lyytinen et al.
exige um e5tilOde gestdo cada vez mais preventivo nos           J998] [Walkerden and Jeffrey 19971 [King 19971
sens processos de deciso.                                       [Anthes, 19961 [Keil et al. 19951 [Ewusi-Mensah and
                                                                Przasnyski 1995} [Ewusi-Mensah and Przasnyski 1994]
Reconhecer a incerteza, antecipar as potenciais                 [Ellis 19942 [Gibbs 19942[Kinde219922 [McPart2in19922
consequncias adversas e iniciar prances de Beso                 [Betts 19921 [Mehler 19911 [Kull 19861, tornando assim
proactive conduz a menos problemas, menos crises e              evidente que tais casos constituem um problema de toda a
mats sucesso, ao longo do ciclo de Vida do                      inddstria, apesar dos significativos progressos realizados
desenvolvimento de software~ Esta caracteristica                em metodologias e ferramentas de desenvolvimento. ao
preventiva constitui um elemento chave de uma eficaz            longo dos dltimos 20 anos.




                                                                                                     QuaTIC'2001
                                                                                                              / 155
Os recursos despendidos deste modo uilo apresentam          de mi6gaVo dos riscos, em termos dos sens custos e
qualquer retomo, a n5o ser que Os projectos possam ser      beneffcios, hem como a avalia95o do impacto dos
recuperados, completados ou, de qualquer outro modo,        decis6es actuais nas opV5esfutures [Scoy 19921.
terrmnados, no podendo os sistemas inforn::ldticos
                                                            Se os projectos de desenvolvimento de software
contribuir para o desempenho das organizaJes, se ago
                                                            continuam a softer grandes deslizamentos nos custos e
forem disponibilizados ou utilizados em tempo d61
                                                            nos prazos e a apresentar seriOs problemas de
[Markusand Keil I994].
                                                            desempenho e de qualidade, isto resulta, regra geral, do
A constantBo de que a maioria das causes dos                facto de nAose lidar adequadamentecom a incerteza e o
deslizamentos dos projectos de software, em termos de       risco inerentes a esta actividade. Um obsuiculo Chane6 a
prazos e custos, est relacionada com a sua BestAo,          incapacidade de encarar Os problemas de deslizamento
conduziu a uma intensa pesquisa no Ambito das ac6es de      dos prazos e custos como sintomas de um problema mais
Besto rnais adequadas para a resoluAo deste problema        fundamental,a eles subjacente: o o reconhecimento da
[Ropponen 1999} [Baccarini 19991 [Griffiths and             exist6ncia de riscos e a consequente nAo tornado de
Newman 1996} [Karolak 1996} [Ewusi-Mensah and               medidasmitigadoras, em tempo oportuno.
Przanyski 1995} [Keil 1995} [Charette 2989} [van
                                                            O risco faz parte de qualquer actividade hurnana, miio
Genuchten 1988}[March and Shapira 1987}.
                                                            podendc nunca ser eliminado. O risco, em Si, no 6 man;
Tern vindo assim a ganhar corpo, nos meios cientificos,     o risco 6 essencial ao progresso e o insucesso  muitas
empresariaise governamentais, a noo de que a unica          vezes, uma componente Chane da aprendizagem. No
forma de obviar ou, pelo menos, minimizer estas             entanto, devemos aprender a balancear as possiveis
situa95es dramdticasd instituire implementeruma gestSo      consequ8Reins negatives do risco, com os beneffcios
do risco proactiva, entrosadacom a Beso de projectos,       potenciais da respectiva oportunidade associada [Scoy,
semelhanga do que Vern acontecendo, desde ha muito          1992].
tempo, em outras areas do conhecimento, como a
engenhariacivil [Coho and Cruz 1998) [Curtis et al. 1991}
[Hayes et al 19861, a engenhariafinanceira [Scoy 1992}
[Kaplan and Garrick 1981} [Denenberg et al. 1974], a
engenhariaaerondutica[Rosenberg et al. 1999} [Franklin
1996} e a industria da defesa [Defense Systems
                                                                                Teer?egia_
Management College 2000} [Neitzel 19991 [USA Air
Force 19881.
A gest5o do risco fornece um veto de atingir Os tr             Hardwar                               Seftwar
objectivos principais do desenvolvimento: construir o
produto "certo", do modo "certo"e entrega-lo no tempo
"certo" e constitui, fundamentalmente,um processo de                         | SISTEMA          I/
decis&oinformada,que envolve a antecipaAo consciente
daquilo que pode correr mal, a avalia9Ao dos perdas
potenciais (severidade do impacto) e a incorpora50 desta                                               Praze
                                                               Pesseas
perspectivaroais abrangentenas varias lases dos projectos
de desenvolvimento de software: planeamento, gesmo das
actividadese processo de decisAo.                                                  Custe
A presente comunica50 apresenta uma metodologia de
Gestilo Integrada do Risco de projectos de
desenvolvimento de software, desenvolvida no kmbito de      Figural I - Riscos num contexto do desenvolvimento
tuna teses de doutoramentoem sistemas de informs50, e                      de sistemas inforrruificos
mostra a sumcoer8ncia com os princfpios da qualidade.
      A Gest5o do II;iiisco
                          de Projectos de Software          O insucesso na gest5o dos riscos dos projectos torna as
No Corao da gestijo do risco encontra-se a tomada de        empresas menos produrivas e competitivas, devido mos
decis6es informadas, em tempo oportuno, atrav6s da          compromissos desnecessdn"os Que se t8m de efectuar na
avalia5o consciente de tudo aquilo pode correr mal          quail;/e, nos prazos e nas funcionalidades - e tudo isso
(riscos), hem como da probabilidade e severidade do         com custos adicionais [Higuera and Naives I996].
respectivo impacto.
                                                            A produtividade e a qualidade dos projectos de
As tornadas de decis2o, suportadas por uma informa5o        desenvolvimento de software     o influenciadas por
correcta, envolvem a avaliaAo das estratdgiase pollticas    mdltiplos factores, podendo varier de projecto para




156 / QuaTIC2001
projecto, dentro da mesma organiza5o e mesmo dentro                                                       AmtIiSar: transformer os dados dos riscos em
das vas fases do ciclo de Vida de um mesmo projecto                                                       inforrna9Aodtil parao processo de decis&o.
[Burdick et al. 19981.
                                                                                                          Planear: traduzir a informa5o sobre os riscos
O motivo para esta varia6es na qualidade e na                                                             em decis6es e ac5es (quer actuals, quer futures)
produtividade, 6 que elas so afectadas por muitos e                                                       e implementeressas acJes.
diferentes factores (ver Figura 2). Muitos desses factores
                                                                                                          Momtorizar: monitorizaros indicadores de risco
s50 directamente influenciados por decis6es de gesmo
                                                                                                          e Osriscos conhecidos.
(por exemplo, poRticas de recrutamentoe de adoAo de
metodologias), emboramuitas vezes de mdltiplas formas                                                     CODtFOWr;           cortigir   OS   desvios   as acJes
dificilmente rastreaveis.                                                                                 planeadas.
                                             prcs$5O                                                 8    Comunicar: fornecer informa20,      interna e
                                            dos pmzos                                                     externa, de "feedback" e feedforward", para o
                                               |                                                          projecto, sobre as actividades de gesnio dos
               Costde                          II              ~     Qualidade dz infomn                  riscoS, SO
                               \                         /           ontLmia de ou(:IaS equipas           emergenu
    Tmbalhofom                     ,                                                                                     's
                                                                             Moral da epa                       tn



                                                              'lf            CIal- e estabilidade                        >'
                                                             1Ir"..           das especifzcaJes

                                                                 .
                                                                      -    pencia



                                                                 tabllzeal                                       .lfl|
         alzdade das zmtslas                Alt I   _s            t,tocesso

                                       o,                                                                                 V



Flgura    2-                                                   uQuahdadeen




No 5mbito da disserta80 de doutoramentoem Queo autor
est comprometido, lot desenvo2nido um Mode2o de
Geso Integrada do Risco, Que tern como objectivo                                                    Figttta 3 - Modelo da Gesdo Integrada do msco
fornecer uma estrutura holistica de gasn1o do risco em                                                -
projectos de desenvolvimento de software, estruturada,
eficaz e perfeitamenceenquave2 Ra Besnio clsica de                                                O modelo refzresentadona figura como um "loop", para
projectos.                                                                                        reflectir o facto de Quea Beso do risco deve constituir
Esse modelo, mostrado graficamente na Figura 3,                                                   e                       mVi     amenCe
aPresenta muitos Paralelos com Os trs Processos                                                   riscos emer2em de folma igua)mente dimimica. Uma
"universals" de Juran Para a gestAo da qualidade:                                                 gesnlo eflc dos riscos exig uma vigilancia cons(ante,
Planeamento da qualidade, controlo da qualidade e                                                   o resfleitante k satisfaVgo do cliente/utilizador e
melhoria da qualidade [Juran 19891' Uma estrat6gia                                                muta do ambiente [Sco 19921.
concorrenteda gestdo da qualidade e da gastilo do risco,                                                                `   -
fomece os alicerces e uma estruturaabrangentes para o                                             Pol outro lado, a fun50 comnnicur, coma graficarnente
sucesso dos projectos de desenvolvimento de software.                                             refzresentadana Figure 3, existe ao longo de todo o
O modelo proposta par a Oes          Integrada do Risco                                                    u         uieso           loans                "Wdaqu
                                                                                                                                                              asas
Integraas segulntes funoes, ou fases                                                              liga e tolna eficazes.
          Idenflficar: Pesquisar e.localizer Os factores de                                       A Gos(go Integrada do Risco dos projectos de
          risco, antes Que estes se tomem Problemas e                                             desenvolvimento de software assenta em trgs pilares
          afectem o Projecto, de forma adversa'                                                   fundamentals (ver Figura 4), Que constituem os sous
                                                                                                  alicerces:




                                                                                                                                               QuaTIC 2001 / 157
        Avaliar. Os riscos devem ser identificados e                        Conceito de Equipa
        avaliados enquanto ainda 1:uitempo de tomar         Um factor que desempenhaum papel chave no sucesso do
        medidas mitigadoras, ou mesmo de Os eliminar~       desenvolvimento de software e na qualidade,d o conceito
        Isto implies olhar para o fnturo e considerer o     de equipa. Varias termos m sido utilizados para
        caminho Que foi escolhido, Burnsperspective do      descrever este processo de trabalhar em colectivo com
        risco.                                              objectivos comuns, como a .engenharia concorrente",Que
   -    CommdcaF. Devemos aceitar que os riscos             envolve a integra5o do desenho do sistema e do processo
        existem e devemos comunica-los a quern terna        [Winneret al. 19881.
        capacidadede Osresolver.                            Este conceito de equipa constitui igualmente uma
        Resolver. Devemos agir, de forma consciente,        estratdgia vital para o atingimento dos objectivos de
        face aos riscos. Ism signifies transformarurn       entrega do produto no tempo oportuno (`time"tomarket
        risco numa oportunidade de melhorar as              deliv ') e constitui um elemento chane na gesto do
        possibilidades de sucesso.                          risco.
                                                            A caracteristica "equips" da qualidade evidence na
                                                            abordagem de Deming, no Ponto 4 dos sens 14 Pontos
                                                            para a Geso, o qua! diz especificamente:
                                                                     "4" Termine com a pratica de adjudicao de neg6cios,
                                                                     com base no preo. Em vez disso, minimize o custo
                                                                     total. Escolha um fornecedor l:micopara qualquer item
                                                                     isolado, on estabela     uma reino      duradoira de
                                                                     lealdade e confiana." [Deming 1982)
                                                            Juran encara a rela5o de trabalho em equips, entre
                                                            fomecedor e cliente, como urns relao      continua e
                                                            planeada, em Que ambas as partes trabalham
                                                            conjuntamente como se pertencessern il mesma
  Figura4 - Os trs pilares da Gestilo Integradado           companhia" [Juran, 1988]. Este trabalho em equipa e
                        sco                                 baseado em:
                                                                     e          con&ana mdcua
Urna gest&o eficaz dos riscos deve possibilitar urns
harmoniosa    interacV&o das varias      funJes    de                e          planeamento conjunto
identificao, avaliaAo, mitigaAo e controlo, para Blew                e          visitas mutuns
de permitir um sistema de aviso antecipado dos riscos
novos que v5o sendo detectados como fruto do processo
de geso (ver Figura 5).                                                     e       ansEnciade segredos
                                                          --u            Ao longo das fundsJes e da implementa8o das
                                                                ||       prdticas da qualidade, o conceito de trabalho em
                                                                ||       equipa e essencial para uma perce&o e Beso
                                                                ||       eficazes da qualidade,nos ambientes empresariais.
                                                                || Quando aplicada ao desenvolvimento de softvare,
                                                                || uma organizSo orientada-para-a-equipspreocupa-
                                                             || se, mio apenas os objectivos de prazos, custos e
                                                                udesempenho de urn projecto, atravs de aspectos de
                                                             || geso tdcnica e programdtica,mas igualmente com
                                                                as quest5es de comunica50 e relaJes interpessoais
                                                                [Kesbom et al. 1989)"A comunicaV5oque caracteriza
                                                            estas relas   interpessoais constitui um elemento chave
                                                            na implementso da equips de geso do risco, numa
 Figura 5 - FunJes da geso do risco funcionando             organiza80 e entre organiza5es, hem como na rela20
                 harrnoniosarnente                          entre contratantecontratadoou contratado-subcontratado.
                                                            Este aspecto da comumca5o           tern-se tornado
                                                            progressivamente mats importanceno contexto actual de
                                                            globalizko, em que se recorre cada vez com mais
frequ8ncia frequente, quer a solo6es tipo "application
package" adquiridas a empresas transnacionais, quer a
empresas de        consultoria para efectuarem o
desenvolvimento e integraAo de sistemas informticos
complexos. Isto tern conduzido a situa6es complexas de
contratos com        rndltiplos fornecedores e      ao
desenvolvimento de projectos por equipas Que, muitas
nezes, Se encontram dispersas por localiza6es
geogrdficas distintase, por vezes, muito distantes.
Neste contexto, d fundamental Que a gestilo do risco dos
projectos seja efectuada por uma equips conjunta
cZiente/fomecedor(es).Este conceito de equips de Best5o
do risco constitui urns extensAodo conceito de equips de
trabalho da qualidade, de modo a incluir, n5o apenas a
qualidade dos produtos ou servios, mas igualmente a
gestiio do pr6prio processo de desenvolvimento do
sistema informdticoe dos factores de risco a e2einerentes.
Especificamente, a implementa5o da equips de gesnio do
risco, entre cliente e fornecedor(es)2ou entre contratadoe
subcontratado, a spitesAo do conceito de trabalho em
equips nas Feta6es comprador-fornecedor,para a gestiio               Figura6 - Princi"piosda gesl:ilodo Risco
das incertezas(riscos) no processo de desenvolvimento do
produto~
                                                              Colectivamente, os principios acima identificados formam
O conceito de equips de goso do risco constitui urns          a base para os processos, metodos e ferramentas Que c[iio
amIgama de mdtodos de gesto, metodos da qualidade e           corpo a geso do risco em equipa. Os m6todos e
conceitos de gest5o participativa (orientados para equipas)   ferramentas da gostAo do risco em equips mais
[Higuera and Gluch 1993].                                     comummente preconizados e utilizados [Dorofee 1993}
                                                              [SEI 1992} [FitzGeraldl eso indicados na Figura 7, em
              A Gest5o do Risen em Equips
Uma abordagem integrada de equips, alicerada em               Que Se definem Os mais aplicveis para cads uma das
                                                              funJes da Gestiio Integrada do Risco.
comunicaJes eficazes, e um dos mais importantes
aspectos da gesto integrada do risco. A comunicaq&o           Cada um dos none princfpios atr   enunciados, d descrito
facilita a dinica    e a sinergia Que caracteriza a gestAo    de seguida, com mais detalhe.
eficaz do risco e results numa introvis5o colectiva e numa
eficdcia global substancialmente maior que a soma das         Vis5o Partilllada
contribuiJes separadas de cada individuo [Dorofee
1993].                                                        A Geso do Risco em equips deve slicerar-se numa
O Modelo de GestAo Integrada do Risco funda-se nos            visilo partilhada, Que abranja todos os aspectos do
none princfpios assinalados na Figura 6.                      projecto de desenvolvimento e no desejo de atingir, com
                                                              sucesso, essa vis5o, atraves dos esforOs colectivos da
                                                              equipa.
                                                              Esta visRo deve ser partilhadapor todos os membros da
                                                              equips e exige urns compree,ns5ocomum da natureza e
                                                              dos resultados do projecto. E baseada nos conceitos de
                                                              equipa [Katzenbachand Smith 19938} [Deming 1982]:
                                                                 *    pFop6sitO comum,
2   O concerto de relao cliente-fornecedor aplica-se em
    -

duas situaJes: (1) no caso de um desenvolvimento
interno pela equips de 5.1. da organizao, esta serd o
fornecedor do software aplicacional e o utilizador final
serd o cliente. (2) no caso de um contrato da organizao
com uma empress extema, esta serd o fornecedor e aquela
o cliente. Em qualquer das duas situa6es, a gest5o do
risco devem erectuada por urns equips mista.




                                                                                                  QuaTIC'2OOI/ 159
                                                           Figura 7 - M6todos e ferramentas da Gesto
                                                           Integrada do Risco em equipa

   .   senso de responsabilidadecolectiva,
                                                           fundamentaispara a gest8o do risco em equipa.

   *   compromisso colectivo                                                     a e eficaz constitui o ndcleo da
e numa relaAo de trabalho interpessoal cooperativa,        Gest&o Integrada do Risco e inclui discuss5es em grupo,
caracterizada pela partilha mdtua e individual da          trocas de informao "ad hoc", em pequenos grupos cu
responsabilidade.                                          individualmente, hem coma processes e ferramentas
                                                           formats de dissemina8o da informaAo.Devem existir
Embora a natureza especifica da personalidade e dos        mecanismos formats de relato dos riscos para a gesnio e
objectivos de cada membro individual da equipa possam      desta para o pessoal do projecto. Tades as f6runs para
varier, colectivamente codas os membros da equipa          identifica&o, resoluo     e Beso dos riscos deverAo
devem partilhar o mesmo interesse no sucesso dos           envolver um livre fluxo de informs80. A comunicao
resultados do projecto.                                    dove ser cultivada dentro das etapas Chane de decio da
Esta vis&o partilhada deve ser {armada com base em         equipa de gest&odo risco, atraves de processes de tornada
acordos contratuaise assenter nurnacompreeno mdtua         de decisAobaseados no consenso.
das necessidades do cliente/utilizador. Acima de tudo,     Valoriza!;;5oda ?creepo Individual
esta visBo deve constituir a evid8ncia de uma consnincia   Um principio Chane do conceito de Geso do Integrada
de prop6sitos comum, no sentido de Deming [Deming          do Risco em equipa 6 Que 6 vital valorizar e encorajar as
1982], e de urns compromisso colectivo para com a          contribui6es individuals, para se obter uma interac3o
sucesso mdtuo do projecto de desenvolvimento.              eficaz Que promova a sinergia resultante das percepJes
Vis5o de FuWro                                             colectivas e das mtiItiRIas vis6es de cada membro da
A geso do risco exige a gesmo da incerteza que             equips [Dorofee 1993}.E a voz individual Que pode trazer
                                                           o conhecimento, a introvis2o e a perspectiva dnicos para a
incorpore uma pesquisa activa e um controlo eficaz das
incertezas e do respectivo potencial de perdas [Charette   identificaiio e geso dos riscos.
 19902 [Rowe 1988]. O pensamento no aman                   Fundamentalmente,o processo da geso do risco em
identificando incertezas e antecipando potenciais          equips deve valorizar a percepAo individual e encorajar
resultados, hem como a geso dos recursos e actividades     as individuos, a todos os niveis do projecto, a
do projecto, tendo em atenV5oessas incertezas, o           contribuirempara todas as etapas do processo. Enquanto
                                                           parte do processo de geso      do risco, centrado na




160 / QuaTIC'2OOI
comunica20, 6 a perspectiva de cada individuo que
fomece o conhecimento e a introvis8o accessOs para
reconhecer Os problernas e riscos potenciais para o
projecto, e a capacidade para suportar os esforos
destinados a lidar eficazmente com esses riscos.

Perspectiva Sismica
Embora o loco da gesto do risco se centre, muitas vezes,
nas eas t6cnicas do software, fundamental possuir uma
perspectiva global do projecto enquanto esforVo integrado
num sistema organizacional.
Dentro da equipa, a avaliao dos riscos e respectivas
decies de gesnlo devem ser optirnizadascom base num
conceito alargado de sistema, ao longo de todo o
programade desenvolvimento da organiza5o, em vez de
Se centraremna perspectiva isolada dos riscos tnicos do
software.
Esta perspectiva inclui, n5o apenas as quest5es
fundamentais        relativas il   necessidades     do
cliente/utilizador, mas tambm as quest6es t6cnicas, de
prazos, de custos, de desempenho, de qualidade e outras
relacionadas com o esforo         de desenvolvimento
[Chittister and Halves 19931.
Integra50 ma Gestdo do Projecto
Um dos elementos cruciais do Modelo da Gesnio
Integrada do Risco, e o princ!pio de que a Beso do risco
deve constituir uma parte integrante e vital da gestSo do
projecto. A geso de projectos pode ser considerada
como um conjunto de actividades integradas de
planeamento, controlo, organiza50 e direc80 [ PMEOK
19961, orientadas para equipas, como pode se encontra
representado na Figura 8.
A gest5o do risco n&opode ser vista como um ap8ndice
das actividades de rotina da geso do projecto. Este
conceito     ilustrado na Figura 9. em Que o modelo
basico de gestgo do risco se encontra embebido no
conjunto de processos e mtodos utilizados para a
gesl[ilo do projecto, os quais se integram nas funs
prilnarias da gestdo de projectos organi       planear,
dirigir e controlar (Charette 19891.
Especificamente, a gestiio do risco providencia, n8o
apenas processos sisternaticos e despersonalizados          Figura9 -Integra8o da GestAodo Risco na Gesto
para gerir o risco, mas igualmente processos e                                de Projectos
metodos associados que Se integram perfeitarnente
nas prdticasestabelecidas paraa gestdo do projecto.
                                                            Proactividade das Estratkgias
                                                            0 caracter proactivo da antecipa8o,      planeamento e
                                                            execu8o das actividades do projecto, constitui a marca
                                                            caracteristica do Modelo de Geso Integrada do Risco, a
                                                            qual culmina, em ti1tima instAncia, em tornadas de
                                                            decisBo. A gest5o do risco fomece os fundamentos para
                                                            um processo de decis5o informado, atrav6s de tuna
                                                            avalia2o consciente das incertezas, das perdas potenciais




                                                                                                QuaTIC'2001/ 161
e das oportunidades proporcionadas pelo facto de Se          exemplo, ao implementar a monitorizaVAoe o controlo
anteciparem(em vez de apenas se reagir a) Os                 bicos dos riscos, as organizaJes podem empregar Os
                                                             sens mtodos habituais de monitorizaAo e controlo de
                                                                                                       problemas,
             XI? XYlT 0 D O HP OXE S S O XO NT               Y O E GE S T p0 D O P IS XO               efectuando
                                                                                                          algumas
                                                                                                    modificaJes
                                                                                                  de modo a
                                                                                                  incluir        a
                                                                                                      informaq5o
                                                                                                  dos riscos nos
                                                                                                      formulariOs
                                                                                                              e/ou
                                                                                                  ferramentas de
                                                                                                         software
                                                                                                  existentes.




Figura 10 - Processo da Cest&odo Risco em Equipa
                                                             Reguladdade e Continnidade dos Processos
                                                             Uma geo eflcaz do risco exige uma vigilAncia continua
                                                             e, como ilustrado na Figura 7, a equip& de geso do
acontecimentos [Dowd 1998]. Os m6todos de geso do            risco dcne adopter este conceito sob a forma de um
risco propostos..personificam esta abordagem proactiva       processo continuo, caracterizado pelas actividades
ao incorporarem a consciencia das perdas potenciais,         regulates de identificao e gestAo Que 520 evidentes ao
directamente nos processos de decis2o do pr6prio             longo do ciclo de Vida do projecto.
projecto.
                                                              Na pr;itica da gesuio do risco, estes principios so
Metodologia Sisll:erxl;iSca e Adaptdvex                       exemplificados ao longo de codas as actividades do
Um elemento Chane da Gesto Integrada do Risco, 6 a           `projecto. For exemplo, os riscos scmo itens da agenda das
adopVo de uma abordagem sistematica e adapt5nel a             reuni6es regulates da equipa de projecto, as discuss5es
infraestruturae it cultura do projecto e da organiza5o. A     sobre riscos ocorrer regularmentee, ii medida Quemonos
estruturados processos, metodos e ferramentas6 modular        riscos emergem, ou os riscos actuajismadam, os pianos e
e constituida por unidades de processo fundamentals.          acJes      o modificados. sendo as decis5es baseadas
Cada modulo do processo 6 adapnineSas especificidades         nestes riscos novos, ou alterados.
de qualquer organiza50: suas prticas, dimensSo,
dominio aplicacional e prazo do projecto.                            A Prdtica da GestSo Integrada do Risco
                                                             Este capitulo discute a aplica5o do processo da gest5o do
Emborapropondo m6todos e ferramentasabrangentesQue           risco, em equipa, como d mostrada na Figura 10 no caso
podem coexistir com as praticas estabelecidas, a estrutura   de um projecto de desenvolvimento de software
bdsica do modelo e Os respectivos m6todos associados         aplicacional adjudicado a um fomecedor especializado,
foram desenhadospara se adaptaremas prcas, m6todos           que actua como prime contractor".
e ferramentas utilizadas por qualquer projecto. Por




162 / QuaTIC2001
    AvalLal           In clal    d o s P taco s




Figura II - Passos da avaliaV5oinicial dos riscos
                                                             utilizar"se um questioruirio taxin6mico3 de riscos. As
                                                             trocas Queocorrem Rastus5e55665providenciamuma base
Os passos iniciais do processo ennolvem o                    para uma comunicaBo adicional, fora do 5mbito das
estabelecimento de um conjunto inicial de riscos para o      sess6es. Em grandes projectos, este f6rum constitui,
projecto. Cada um dos parceiros envolvidos (cliente e        muitas vezes, a primeira oportunidade para o
fomecedor) realiza urna analia50 inicial dos riscos, para    estabelecimento de contactos entre muitos dos
definir os riscos associados com as respectivas              participantes, apesar do facto de muitos deles terem
organizaJes.                                                 trabalhado,num mesmo projecto, durantevOs meses.
AcNvidades de AvaBao          Inicial dos Riscos             0 funcionarnentOdesta reuni6es devem obedecer aos
Os passos Chaneenvolvidos numa avalia&o inicial dos          seguintes princfpios [Defense Systems Management
riscos so mostrados na Figura 11. Estas actividades de       College 20001(Carr et aI. 19931:
avalia20 devem ser levadas acabo por uma equipa de                    Agrnpamento         par     afmidade     (peer
avalia2o treinadaou, se no fiver a adequadapreparao,                  grauplng'): Agrupar as pessoas por afinidades
deve ser orientadapor um consulter em gest&odo risco.                 profissionais, facilita a comunicao entre os
O primeiro passo numa avalia5o inicial dos riscos, 6 a                participantes.Como resultado disso, cria-Seuma
realizaVo de umaFannio de orientaVo dos participantes,                linguagem e uma perspectiva comuns e uma
liderada pelo Cherede projecto, destinada a fomecer urna              compreens&omdtua dentro do grupo, em Que
vis2o global do processo a todos os participantes e a                 cada participante Se pode identificar com
prepar:i-losparaOs respectivos papis no processo.                     problemas' e quest8es'similares~

O passo seguinte     a realizaq2o de mtiltiplas sess6es de            AnsSncia de julgamenta: Os membros da
grupo, para a avalia5o dos riscos. Para esse efeito deve              equipa de avaliao     nAo devem directa on
                                                                      indirectamente, razer julgamentos sobre as
                                                                      discuss6es Que ocorrem, ou riscos Que sdo




                                                             3 - NO krnbitoda tese de doutoramentodo autor,foi

                                                             igualmente elaboradoum questionariotaxin6mico de
                                                             riscos de projectos, adaptadoa realidadeportuguesa~




                                                                                                QuaTIC 2001 / 163
                                                            revisio e (2) compara&o dos riscos identificados~Estas
                                                            actividades constituem o mecanismo colectivo Que
        identificados. Em vez disso, deve prevalecer um
        senso nartilhado de "obter a verdade dos factos
                                                                               ::olocaSo numa escala de prioridade
        [Higuera and G!uch 19931.
                                                            definidapela gest&o.
   .     N5o respousabili7 ao:    A responsabilidade
         pelos riscos e inform&Ao relacionada, Que
         emergem destas sessJes, n2o deve ser atribufda
                                                            [FitzGera!d1990], em Quecada risco da Esta6 comparado
         ao grupo, ou a qualquer indivfduo do grupo,
         nesta fase. A conversa deve aflorar toda a
                                                            relativarnenteao crit6rio de "importiinciaparao projecto",
         informa5o importante (e, muitas vezes,
         suprimida)~
                                                            qua! dos riscos devem ser atribuidos recursos, a qua! dos
         ,iPTC   Buxo de infonmo:         Embora esteja     riscos a gest3o deve prestar atenV2o, etc.. Artaves da
         estruturada    em torno       do questionio        discuss&ode cada um dos pares de riscos, a decis5o sobre
         taxin6ruico, a sess5o deve permitir um livre       qua! o risco do par Que 6 considerado mais importante
         fluxo de informao,      em que as respostas        para o projecto, deve ser tomada por consenso entre os
         quest5es sAo as respostas devidas e no as          gestores. Este processo continua ao longo de coda a lista,
         respostas "politicamente correctas" [Carr 1993].   sendo os riscos priorilizados, com base no total de todas
                                                            as comparaBes. Os efeitos agregados de riscos e os riscos
A criaV:o de uma atmosfera profissional, em que se
                                                            extremos (baixa probabilidade mas elevado impacto),
conjugam a estrutura e as caracteristica mencionadas,
                                                            hem como todos os riscos identificados, so tratados
permite u!trapassaras yetic8ncias e a ansiedade, muitas
                                                            como parte do           processo continuo     de Zesto
vezes evidentes em entrevistas de auditoria ou de
                                                            (planeamento). Novos risco sero adicionados a lista, ii
avaliao [Gemmer 1995]. Este processo da poder a cada        medida Que for sendo necessario, ao !ongo do ciclo de
grupo para desafiar a sua compreensAoco!ectiva sobre Os     Vida do projecto.
riscos associados ao seu projecto. 0 conhecimento
contido no questiono taxin6mico, combinado com o            0s processos de decis8o consensual preconizados,
cardcter no personalizado das sess6es, habilitam os         constituem m6todos eficazes de incentivar a visAo
participantes a explorer esta incertezas, enquanto          parti!hada,a perspectivasist6mica a comunica5o aberta
profissionais.                                              e a formulao de estrat(gias proactivas, entre todos os
                                                            e!ementos do projecto com responsabilidades de geso.
Em contraste com as auditorias extemas, em que ha
                                                            No entanto, e born recordar, os resultados de todo este
julgamentos e recomenda5es por parte da equipa de           processo so, em dltirnainsnincia, da responsabilidadedo
auditoria,este processo de avalia&o dos riscos deve ser     Chere deProjecto.
construfdo com base na cooperaAo mdtua. Dene existir
uma senso de apoio construtivo,fomecido pela orientaAo      O passo final deste processo 6 urna apresentao dos
dos responsaveis pela gest5o do risco, e um forte sentido   resultados,sem atribui8o a nenhum grupo ou indivfduo.
de trabalharem conjuntopara um objectivo comum~             Esta apresenta5o deve ser conduzida, de um modo
                                                            formal, a todo o pessoal do projecto Que participou no
A actividade de avaliaV5o, dentro da sess&o de grupo,       processo de avalia20. Embora esta reuni&o seja a
deve incluir a avaliaSo individua1 da impornincia,
                                                            conclusAo da avalia&o inicial dos riscos, ela constitui
probabilidade e data de ocorr8ncia, associadas a cada       igualmente o f6rum para iniciar o processo continuo de
risco identificado na sessAo. Estas avalia6es constituem
                                                            geso do risco em equipa.
os passos iniciais da ana1ise do processo de gesto do
risco; a inform&Bo Que delas results serd usada para        Passos do Processo Condnuo
facilitar as decis6es de gest&o sobre os riscos do          Como i!ustrado na Figura 10, os resultados das avalia6es
programa.                                                   iniciais dos riscos sSo u1:ilizados na actividade de
                                                            reclassifica50 dos riscos, a qual6 conduzida em conjunto
0 terceiro passo do processo e a consolidao           da
                                                            com as revis5es mensais do projecto. O processo de
inform&ilo resultante dos varios grupos, num pacote         reclassificaAo     resultarli   na    prioritiza&o,    ou
consistente, destinado ao estabelecirnentodas prioridades   reprioritizaAo, daqueles riscos Que, embora em reduzido
do projecto, para os riscos identificados. As decis6es
                                                            ndmero, o vitais para o projecto. Esta lista, a nine! do
necessfas para a compi!a5o dos riscos, devem ser            projecto, e representativa da abordagem tipo Pareto de
baseadas no consenso entre os membros a equipa de
                                                            gesnio dos ..poucos vitals" [Juran, 1989} aos nfveis mais
avalia&o~                                                   elevados de geso do projecto.
0 quarto passo 6 a realiza2o de reuni6es de gesu]o, em      O processo de compara&o das classificaV6es dos riscos,
Que se processam duas importantes actividades: (1)
                                                            que e inicialmente conduzido ap6s as actividades de




164 / QuaTIC2001
identificao inicial e, aproximadamentetodos Os meses        consequentemente,a actividade global de gesnio do risco
ap6s isso, 6 representativo do importantepapel Que um       estd fortemente dependente do julgamento e experiSncia
ambiente de equipa, fundado numa comunicaqAoeficaz,         individuals[Kirkpatricket al- 1992].
joga na implementa95o da Besto do risco. Este f6rum         Existem muitos desafios na aplicaAo do processo de
constitui uma mecanismo eficaz para a troca de              Beso do risco em equipa numa organiza980, mas a
perspectivas e prioridades individuals Que cada parceiro,   queso centrale a do estabelecimento de um ambiente de
cliente ou fornecedor, trazem para o processo de            equipa caracterizadopor uma dtica do risco (Kirkpatrick
 desenvolvimentodo sistema inforr0atico.                    et al. 19921-
Antes da se5s8o inicial de compara3o das c!assificaJes      Nos muitos estudos Quet8m sido realizados nos EUA e na
dos riscos, os riscos mais importantes Que foram            Europa, sobre a eficaz implementa8o da gaso do risco
identificados mas5655565de identificaiio inicial de cada    em projectos de desenvolvimento de sistemas
parceiro, so postos em comum para format a lista dos        informgticos [Link et al 1999) [Rosenberg et al. 1999}
Top N riscos mais importantes, a nine! do projecto. A       [Arno 19971 (Kuhn et a!. 1996) [Karolak 19961 [Clark
selec9Ao desses     op N", partilhados por ambos Os         1995) [Kirkpatricket aI. 1992) [SEI 1992], o efeito mats
parceiros, devera ser felts com base nos criterios          dramd6co Que tern sido observado e o processo de
estabelecidos pe!o chafe de projecto, pe!o c!iente e pelo   aberturados canals de comunica8o para o didlogo dentro
fomecedor, adoptando-se Os mesmos crit6rios de              das organizaJes, no respeitante aos riscos e respectiva
consenso anteriormenteutilizados.                           Beso. Quando se verificam, nas metodologias de geso
Os restantes passos do processo continuo da Beso do         dos riscos, os pressupostos defendidos neste trabalho, os
risco em equipa, s2o conduzidos dentro da organizaAo de     processos empregues t8m provado ser extremamente
cada parceiro e incluem Os processos conn-Duos de           eficazes na minimizaAo e, mesrno elimina98o, da quase
identificaVo e avaliao,      hem como Os passos de          totalidade dos riscos considerados classicos no
planeamento, monitorizaAo e contro!o defmidos no            desenvolvimentode software [Higuera and Gluch 1993].
Modelo de Gaso Integrada do Risco- Para alem disso, os      A implementa95o das modernas prdticas de Best3o de
riscos e as actividadesdo projecto com etas re!acionados,   equipas, tern provado fornecer, aos elementos da equipa
SerAorevistos periodicamente, duranterevis5es t6cnicas,     de projecto, metodos e ferramentas Que capitalizam a
trocas-de informaQAoentre gestores e, formalmente, nas      caracteristica de Que, colectivamente, as equipas
revlsoes mensals.                                           possuem, na realidade, rnaisconhecimento, pensam de um
Este processo de identifica9&o regular dos riscos deve      ndmero mats variadode maneiras e 580 mais eficazes Que
envolver o pessoal a todos os niveis da organiza9Aoe, em    a totalidade dos seus membros trabalhandoisoladamente
conjunto com os outros passos do processo continuo          (efeito sinergtico das equipas) [Kulik 1994) (William
mostrado na Figura 10, 6 representativode uma culturade     19941 [Katzenbach and Smith 199381 (Katzenbach and
consciencializag2o dos riscos, tomando'-se a Beso           Smith 1993b].
contfnua dos riscos uma parte integrante de todas as
actividades de desenvolvimento do projecto- A medida                               Resumo
Que emergam eventualmente novos riscos, ou os riscos        0 modelo propostopara a Gesnio Integrada do Risco visa
                                                            fomecer uma estruturaeficaz para a tomada racional de
conhecidos evoluam, devem ser tomadas novas decis6es,
com base nessa informa50, e Os pianos e respectivas         decis5es, atrav6s de processos proactivos, com visBo de
                                                            futuro e baseados no trabalho em equipa- As pr:iticas
ac6es devero ser modificados. Os processos de
monitorizaAo e controlo, utilizados na Besto cldssica de    preconizadas visam permitir as organiza96es que
                                                            desenvolvem sistemas informaticos (sejam elas um
projectos, fomecem m6todos Que possibilitam ac96es
                                                            Departamentode Sistemas de Inforrna95ointerno, ou uma
preventivassobre os riscos.
                                                            empresa actuando como fomecedor externo desse
  Desaffos da Implementao do Modelo. ObseFvaBes             produto/servio) lidar, de forma eficaz, com a exposi&o a
E especialmente evidente Queos riscos da implementa80       perigos Que podem conduzir            no satisfaV5o das
de sistemas inforrmiticos Se encontram entre Os menos       necessidades dos clientes/uti!izadores, hem como a
medidos ou geridos [Higuera and Cinch 19933, e Que           deflci8ncias na qualidade do sistema inforrndtico final
existem outras areas, desde a tecnologia militar [Cornow    e/ou a atrasos na entrega. A gest5o do risco em equipa
20001 [Rosenberg et al. 1999)] at6 il area financeira        constitui um ingrediente vital para assegurar a satisfa9&o
[Caouette et al. 1998) [Schwartz and Smith 1993)             global do cliente/utilizadore a qualidade total do produto
passando pela engenharia de construgBo[CaHoand Cruz          de software final.
 19981 (Skogen and Jacobsen 19861, em QueOs riscos s5o
                                                            No ritmo acelerado do actual ambiente empresarial,
hem geridos.
                                                            caracterizado pela mudana constante e rdpida, pelos
De um modo geral, os gestores 580 6ficazes na Beso dos      curtos prazos de disponibilizag5o de produtosno mercado
riscos associados com as tecnologias Que conhecem e,




                                                                                                 QuaTIC,2001 / 165
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Burn ambiente economicamente competitivo e
tecnicamente desafiante,e necessario gerir eficazmente os    Clark, Bill (1995) Technical Performance Measurement
riscos associados ao desenvolvimento de software. A          in the Risk Managementof Systems." Papar presented at
perspectiva abrangentee o efeito sinergetico trazidos pela   the 4th SKI Conference on Sofhvare Risk. Monterey, Ca.,
gest5o do risco em equipa, constituem uma base eficaz        November 6 8~
para alcanar o sucesso no actual ambiente competitivo,
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"certo"e da sua disponibiliza5o no momento "certo".
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