=Paper= {{Paper |id=Vol-1667/CtrlE_2016_AC_paper_22 |storemode=property |title=Um Levantamento Bibliográfico sobre o Uso das Tecnologias da Informação e Comunicação para o Ensino de Química |pdfUrl=https://ceur-ws.org/Vol-1667/CtrlE_2016_AC_paper_22.pdf |volume=Vol-1667 |authors=David Duarte,Guilherme Esmeraldo,João de Abreu }} ==Um Levantamento Bibliográfico sobre o Uso das Tecnologias da Informação e Comunicação para o Ensino de Química== https://ceur-ws.org/Vol-1667/CtrlE_2016_AC_paper_22.pdf





                Um Levantamento Bibliográfico sobre o Uso das
              Tecnologias da Informação e Comunicação para o
                             Ensino de Química
                    David Duarte1, Guilherme Esmeraldo1, João de Abreu1
    1
        Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará – Campus Crato (IFCE)
                      Rod. CE 292, Km 15 – 63.115-500 – Crato – CE – Brazil
                {davidduarte,guilhermealvaro,joaoalberto}@ifce.edu.br

                                                    
           Abstract. Professors and researchers have increasingly sought computational
          tools to support the teaching/learning process. This paper presents the results
          of a literature research in the website of the Brazilian Chemistry Society, from
          2011 to 2015, that aimed to achieve works that use information and
          communication technologies in the process of teaching and learning Chemistry.
          At the end, 23 papers were selected, where the largest audience consisted of
          undergraduate students and predominated the use of Educational Software.
          Resumo. Professores e pesquisadores têm buscado cada vez mais ferramentas
          computacionais para auxílio nos processos de ensino/aprendizagem. Este
          trabalho traz os resultados de uma pesquisa bibliográfica no portal de
          publicações da Sociedade Brasileira de Química, no período de 2011 a 2015,
          onde se buscou por trabalhos que utilizaram as tecnologias da informação e
          comunicação no ensino de Química. Ao todo, foram identificados 23 artigos,
          onde prevaleceram, como maior público-alvo, os alunos de Graduação, e houve
          predominância no uso de Softwares Educativos.

1. Introdução
A Química é uma disciplina de difícil entendimento por conta dos diversos conteúdos
abstratos. Estudantes têm dificuldade em entender com precisão, por exemplo, conceitos
relacionados a átomos e moléculas, entidades que não se pode ver ou tocar. Por causa
disso, professores pesquisadores de todo o mundo têm buscado modelos computacionais
que os auxiliem na tarefa de ensiná-la [AGARWAL and SAHA 2011; SENDLINGER et
al. 2008].
       Vários trabalhos, como os apresentados em [AGARWAL and SAHA 2011;
SENDLINGER et al. 2008; TALIB et al. 2014], evidenciam que o uso de software tem
ajudado a conduzir os participantes do processo de ensino e aprendizagem no caminho da
construção do conhecimento. Dentre os tipos de ferramentas, que podem ser utilizadas
neste processo estão sites, softwares educativos, vídeo-aulas, blogs, ambientes virtuais de
aprendizagem, objetos de aprendizagem, jogos educativos digitais, entre outras.
       Percebe-se que os professores, em serviço ou em formação, necessitam de um
apoio no aprendizado do uso de tecnologias, pois não dominar essas ferramentas pode
levá-los a cometer equívocos pedagógicos. Além disso, existe a necessidade de coerência


                                                                                            





do professor em utilizar ferramentas digitais, com a preocupação de como determinado
conteúdo será ministrado [VASCONCELOS and ARROIO 2013].
       Nesse sentido, em um trabalho com professores de Química de várias instituições
de ensino de Illinois, nos Estados Unidos, realizou-se um curso de formação durante 3
anos, com duas semanas de aulas presenciais a cada verão e aulas a distância, utilizando
o Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle. Esta iniciativa trouxe os professores para
o mundo digital dos alunos, nativos digitais, muito mais envolvidos com tecnologias. Um
dos aspectos observados é que o curso apresentou diversas ferramentas aos professores,
ensinando-os a utilizá-las, de forma que eles não apenas reproduzissem metodologias
antigas com novos recursos [SENDLINGER 2008].
        Mesmo assim, muitos professores ainda têm feito pouco uso didático de
ferramentas digitais. Em pesquisa recente realizada no Rio de Janeiro com professores de
Química, Rolando et al. (2015) verificaram que os sujeitos da pesquisa fizeram pouco ou
nenhum uso de ferramentas da internet para fins de ensino, ficando (aqueles que utilizam)
limitados a e-mail e blogs como ferramentas de divulgação e comunicação. Quando a
finalidade é o próprio aprendizado, aproximadamente 25% do mesmo grupo de
professores afirma que utiliza motores de busca (e.g. Google ou Bing) e Download de
materiais didáticos.
       Na Índia, utilizando o conceito de gamificação, pesquisadores apresentaram o
A2M (“Atoms to Molecules”), um jogo que ajuda alunos a entenderem conceitos de
formação de moléculas. O A2M utiliza um laboratório virtual, onde átomos são unidos
em moléculas pela ação do jogador, usando conceitos do mundo real para ensinar
conceitos abstratos de Química [AGARWAL and SAHA 2011]. Talib e colaboradores
(2014), na Malásia, apresentaram um Software Educativo que utiliza a técnica de
movimento dos elétrons para explicar o conteúdo de reações orgânicas. Este é um dos
conceitos mais difíceis de assimilar, pois requer do aluno um nível de observação abstrato,
o qual muitas vezes ainda não foi desenvolvido.
        Não só em Química, mas em disciplinas afins, como Bioquímica, tais tecnologias
também têm sido utilizadas. Em um trabalho realizado com alunos de graduação, Duarte,
Esmeraldo e Abreu (2015) utilizaram a plataforma online colaborativa Google Docs no
processo de avaliação formativa, propondo a construção de um material didático por
alunos de Bioquímica como abordagem auxiliar. Para o experimento considerou-se a
dificuldade dos assuntos desta disciplina e, com esta abordagem, foi possível que os
alunos participassem diretamente do processo de construção do conhecimento,
acompanhados e monitorados pelo professor, o qual realizava sistematicamente
correções, mediações e orientações durante a escrita, dinamizando a aprendizagem.
        Santos et al. (2014) levantaram a discussão da baixa importância que a
comunidade informática tem dado a pesquisas na área de ensino de química. Eles fizeram
um mapeamento sistemático das publicações voltadas para o uso da computação no
ensino de química, nas publicações e eventos promovidos pela Sociedade Brasileira de
Computação. A busca compreendeu o período de 1998 a 2013, com os primeiros estudos
sobre uso de computador para o ensino de química datados de 2003. A partir desta
publicação, até o ano de 2013, de acordo com Santos et al., foram publicados somente 15
artigos.




                                                                                       





        Nesse contexto, percebe-se que são poucos trabalhos publicados em um período
relativamente grande. Assim, idealizando uma pesquisa mais aprofundada em fontes
específicas da área de Química, buscando complementar os resultados do trabalho em
Santos et al. (2014), este artigo tem como objetivo apresentar um levantamento
bibliográfico das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) que têm sido
utilizadas como apoio pedagógico no processo de ensino e aprendizagem de Química no
Brasil, no período de 2011 a 2015. 
        O artigo está organizado da seguinte forma: a Seção 2 apresenta brevemente os
periódicos considerados neste estudo; já a Seção 3 apresenta os materiais e métodos
utilizados no levantamento bibliográfico; na Seção 4, apresenta-se uma discussão acerca
dos resultados obtidos; a última seção traz as considerações finais.

2. Descrição das Publicações
Em 2014, a Sociedade Brasileira de Química lançou o portal PubliSBQ1, “órgão
destinado a atividades de difusão científica, técnica, de interesse didático e de divulgação
de notícias” (SBQ, 2015). Nele, revistas antigas e consolidadas estão, agora,
acompanhadas de novos meios com a missão de produzir:

                                     “Publicações de interesse da comunidade química nacional: profissionais de
                                     química da universidade e da indústria, estudantes de química do ensino médio,
                                     universitário e de pós-graduação, reunindo, também, mecanismos de difusão
                                     da química para o público leigo e infanto-juvenil” (SBQ, 2015).


       As publicações consistem de: The Journal of the Brazilian Chemical Society
(JBCS), Química Nova, Química Nova na Escola, Revista Virtual de Química, Química
Nova Interativa, Boletim Eletrônico, Editora SBQ e QuiD+.
        The Journal of the Brazilian Chemical Society é publicado impresso e
eletronicamente, com artigos científicos abrangendo os aspectos da Química, com
exceção das áreas de educação, filosofia e história da Química. Divulga contribuições
originais e significativas sobre novos conhecimentos da Química.
       Química Nova (QNOVA) é publicada desde o ano de 1978, com 10 fascículos por
Volume por ano e traz pesquisas que tratam do ensino de graduação em Química, além
de divulgar experiências inovadoras no ensino de graduação e na pós-graduação. Os
trabalhos submetidos devem se encaixar em uma das seguintes modalidades, de acordo
com as “Instruções aos Autores”, no sítio da revista:
            Artigos originais: referentes a trabalhos inéditos de pesquisa;
            Artigos sobre Educação: referentes ao ensino de graduação em Química ou
              experiências inovadoras no ensino de graduação e pós-graduação;
            Notas Técnicas: comunicação de métodos, técnicas, aparelhagens ou
              acessórios, desde que apresentem acentuado conteúdo químico;
            Assuntos Gerais: política científica, programas de graduação e pós-graduação,
              história da Química, ou assuntos de interesse geral;


 
1
    Disponível em http://publi.sbq.org.br/ Acesso em 04 de março de 2015.


                                                                                                              





        Artigos de Revisão: destinados à apresentação do progresso em uma área da
          Química, com uma visão crítica do estado da arte.
        Química Nova na Escola (QNESC) é publicada desde 1995, com periodicidade
trimestral e pretende subsidiar o trabalho, a formação e a atualização da Comunidade
brasileira do Ensino de Química. Publica artigos originais, com foco no ensino
fundamental, médio ou superior, que tratem de pesquisa e ensino de Química.
        A Revista Virtual de Química (RVQ) é uma publicação bimestral que objetiva ser
uma fonte de consulta e de divulgação para alunos e professores de graduação e pós-
graduação. De acordo com o sítio da revista (Políticas de Seção), os manuscritos devem
se encaixar em uma das seguintes categorias: Artigos, Atualidades na Química Brasileira,
In Focus, Métodos de Preparação Industrial de Solventes e Reagentes Químicos,
Nomenclatura em Química, Notícias e Debates, Resenhas, Perfil Acadêmico e Trajetória
Científica.
       Química Nova Interativa é um portal na internet para prover instrumentos
confiáveis para a formação em Química, para estudantes e professores de todos os níveis,
com informações atualizadas e interativas. Nele podem ser encontrados aulas, textos
explicativos, animações de moléculas em 3D, links para artigos diversos, vídeos, entre
outros materiais.
        O Boletim Eletrônico é um boletim semanal para assinantes, com notícias de
interesse à comunidade Química brasileira. Divulga calendários de eventos e
oportunidades e é responsável pelo microblog da SBQ no Twitter, @sbqnet.
      A Editora SBQ é a responsável pela publicação de livros da Sociedade Brasileira
de Química.
       E, por último, QuiD+ é um portal que dispõe de objetos de aprendizagem, que
incluem jogos, animações e textos sobre Química, destinados ao público infanto-juvenil.
        Este trabalho tem como foco uma análise de toda essa bibliografia para
identificação dos trabalhos que apresentam pesquisas com uso de TICs como apoio
pedagógico no ensino de Química. A seção a seguir detalha os procedimentos adotados
para essa análise.


3. Materiais e Métodos
O presente trabalho consiste de uma pesquisa bibliográfica sobre a utilização de TICs
para o auxílio nos processos de ensino de Química no Brasil, nos periódicos na PubliSBQ.
        Dos periódicos disponíveis no PubliSBQ, foram escolhidas e analisadas as
Revistas Química Nova (Quim. Nova), Química Nova na Escola (QNEsc) e Revista
Química Virtual (RQV), pois publicam artigos científicos e relevantes na área de
Educação em Química. The Journal of the Brazilian Chemical Society (JBCS), periódico
também pertencente à PubliSBQ, não foi incluído por publicar apenas pesquisas em áreas
não correlacionadas com o Ensino de Química. As demais publicações não são periódicos
científicos e, por isso, não foram incluídas no escopo dessa pesquisa.
       Da Revista Química Nova na Escola foram selecionados artigos nas seguintes
seções: Relatos de Sala de Aula, Ensino de Química em Foco (anteriormente, conhecida
por Pesquisa em Ensino), Educação em Química e Multimídia, Programa Institucional de


                                                                                    





Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) e Cadernos de Pesquisa (publicado
exclusivamente em meio digital). Os manuscritos da Revista Virtual de Química pré-
selecionados para esta pesquisa foram encontrados na seção Artigos, por incluírem a área
de Educação em Química.
        Ao final, foram considerados objeto de estudo deste trabalho um total de 23
artigos. Na Revista Química Nova foram encontrados 10 artigos. Da revista Química
Nova na Escola foram encontrados 9 artigos. E da Revista Virtual de Química foram 4
artigos. Os trabalhos adicionados podem ser conferidos nos Quadros 1, 2 e 3, a seguir. 
                 
                      Quadro 1 - Artigos da Revista Virtual de Química incluídos na Pesquisa.
                                                      Referência Bibliográfica

        1
                 SILVA JR., J. N. et al. (2014) “Soluções Químicas: Desenvolvimento, Utilização e Avaliação de um
                    Software Educativo”, In: Rev. Virtual Quim., v. 6, n. 4, pages 955-967, Sociedade Brasileira de
                    Química. DOI: 10.5935/1984-6835.20140059.

        2
                 RIBEIRO, C. M. R. et al. (2015) “A Videoaula Cromatografia em Camada Delgada e a Motivação da
                   Aprendizagem nas Disciplinas Experimentais de Química Orgânica dos Cursos de Química,
                   Engenharia Química e Farmácia da UFF”, In: Rev. Virtual Quim., v. 7, n. 3, pages 1030-1055,
                   Sociedade Brasileira de Química. DOI: 10.5935/1984-6835.20150056.

        3
                 SOUZA, N. S.; PIRES, C. K.; and LINHARES, M. P. (2015) “Chemistry Teaching in PROEJA: An
                   Integrative Proposal of the Relations between the Classroom and a Virtual Forum”. In: Rev. Virtual
                   Quim., v. 7, n. 3, pages 992-1006, Sociedade Brasileira de Química. DOI: 10.5935/1984-
                   6835.20150054.
                 

        4
                 GOMES, L. M. J. B. and MESSEDER, J. C. (2015) “Digital Magazine as Technological Resource for
                   the Education of Biochemistry in the Basic Education”, In: Rev. Virtual Quim., v. 7, n. 3, pages 950-
                   961, Sociedade Brasileira de Química. DOI: 10.5935/1984-6835.20150051.

                                                            
                         Quadro 2 - Artigos da Revista Química Nova incluídos na Pesquisa
                                                    Referência Bibliográfica

    1
             FERREIRA, C., ARROIO, A., and REZENDE, D. B. (2011) “Uso de Modelagem Molecular no Estudo
               dos Conceitos de Nucleofilicidade e Basicidade”. In: Quím. Nova, v. 34, n. 9, pages 1661-1665,
               Sociedade Brasileira de Química.
             

    2
             SILVA JR., J. N., BARBOSA, F. G., and LEITE JR., A. J. M. (2012) “Polarímetro Virtual:
                Desenvolvimento, Utilização e Avaliação de um Software Educacional”. In: Quím. Nova, v. 35, n. 9,
                pages 1884-1886, Sociedade Brasileira de Química.
             

    3
             SANDES, R. D. D., AMBROSIO, R. C., and ANGELUCCI, C. A. (2013) “Integração Numérica de Leis
               de Velocidade Diferenciais com o Uso do Scilab”. In: Quím. Nova, v. 36, n. 1, pages 181-186,
               Sociedade Brasileira de Química.



                                                                                                             





          

    4
          MEDEIROS, M. A. (2013) “Avaliação do Conhecimento Sobre Periodicidade Química em uma Turma
            de Química Geral do Ensino a Distância”, In: Quím. Nova, v. 36, n. 3, pages 474-479, Sociedade
            Brasileira de Química.

    5
          MARSON, G. A., GALEMBECK, E., and ANDRADE, J. B. (2013) “Química Nova Interativa - QNInt -
            O Portal do Conhecimento da SBQ: Conectando Ciência e Educação”, In: Quím. Nova, v. 36, n. 3,
            pages 484-488, Sociedade Brasileira de Química.

    6
          LOPES, M. C. (2013) “Eletroquímica Computacional - Princípios e Diretrizes para Utilização”, In: Quím.
            Nova, v. 36, n. 9, pages 1423-1429, Sociedade Brasileira de Química.

    7
          SILVA JR., J. N. et al. (2014) “Ressonância: Desenvolvimento, Utilização e Avaliação de um Software
             Educacional”, In: Quím. Nova, v. 37, n. 2, pages 373-376, Sociedade Brasileira de Química.

    8
          DIAS JR., L. C. and NOVO, J. B. M. (2014) “Software para Simulação de Mecanismo de Supressão da
            Luminescência: Modelo Cinético de Stern-Volmer”, In: Quím. Nova, v. 37, n. 2, pages 361-366,
            Sociedade Brasileira de Química.

    9
          VAZ, F. A. S., OLIVEIRA, C. L. M., and OLIVEIRA, M. A. L. (2015) “Fundamentos de Eletroforese
            Capilar: uma Abordagem por Animações”, In: Quím. Nova, v. 38, n. 5, pages 732-737, Sociedade
            Brasileira de Química.

    10
          ARAÚJO C. R. M. et al. (2015) “Desenvolvimento de Fármacos por Hibridação Molecular: Uma Aula
            Prática de Química Medicinal Usando Comprimidos de Paracetamol e Sulfadiazina e a Ferramenta
            Virtual SciFinder”, In: Quím. Nova, v. 38, n. 6, pages 868-873, Sociedade Brasileira de Química.



              Quadro 3 - Artigos da Revista Química Nova na Escola incluídos na Pesquisa. 
                                               Referência Bibliográfica

    1
          BENITE, A. M. C., BENITE, C. R. M. and SILVA FILHO, S. M. (2011) “Cibercultura em Ensino de
            Química: Elaboração de um Objeto Virtual de Aprendizagem para o Ensino de Modelos Atômicos”,
            In: Quím. Nova Esc., v. 33, n. 2, pages 71-76, Sociedade Brasileira de Química.

    2
          SILVA, J. L. et al. (2012) “A Utilização de Vídeos Didáticos nas Aulas de Química do Ensino Médio
             para Abordagem Histórica e Contextualizada do Tema Vidros”, In: Quím. Nova Esc., v. 34, n. 4, pages
             189-200, Sociedade Brasileira de Química.

    3
          OLIVEIRA, S. F. et al. (2013) “Softwares de Simulação no Ensino de Atomística: Experiências
            Computacionais para Evidenciar Micromundos”, In: Quím. Nova Esc., v. 35, n. 3, pages 147-151,
            Sociedade Brasileira de Química.

    4
          BARRO, M. R., BAFFA, A. and QUEIROZ, S. L. (2014) “Blogs na Formação Inicial de Professores de
            Química”, In: Quím. Nova Esc., v. 36, n. 1, pages 4-10, Sociedade Brasileira de Química.

    5
          OLIVEIRA, A. S. et al. (2014) “Relato sobre Docência Compartilhada em Educação a Distância”, In:
            Quím. Nova Esc., v. 36, n. 1, pages 37-43, Sociedade Brasileira de Química.




                                                                                                      





    6
          SOUZA, G. P. et al. (2014) “Imagens, Analogias, Modelos e Charge: Distintas Abordagens no Ensino de
            Química Envolvendo o Tema Polímeros”, In: Quím. Nova Esc., v. 36, n. 3, pages 200-2010, Sociedade
            Brasileira de Química.

    7
          MENDONÇA, L. G., FERREIRA, F. R. and RODRIGUEZ, L. L. R. (2014) “Produção de Audiovisual
            como Recurso Didático para o Ensino de Legislação em Curso de Graduação em Química”, In: Quím.
            Nova Esc., v. 36, n. 3, pages 194-199, Sociedade Brasileira de Química.

    8
          SILVA, G. R., MACHADO, A. H. and SILVEIRA, K. P (2015) “Modelos para o Átomo: Atividades com
             a Utilização de Recursos Multimídia”, In: Quím. Nova Esc., v. 37, n. 2, pages 106-111, Sociedade
             Brasileira de Química. 
          

    9
          SOUZA, N. S., CABRAL, P. F. O. and QUEIROZ, S. L. (2015) “Undergraduate chemistry students’
            argumentation on socio-scientific issues in a virtual learning environment”, In: Quím. Nova Esc., v.
            37, n. Especial, pages 95-109, Sociedade Brasileira de Química.


      A seção a seguir apresenta o resultado da análise dos trabalhos apresentados nos
Quadro 1, 2 e 3.


4. Resultados e Discussões
A Tabela 1, a seguir, apresenta os números totais de artigos publicados nos periódicos
analisados. De acordo com essa tabela, a Revista Química Nova é a que tem o maior
número de publicações no período, com mais de 70% do total.

                   Tabela 1 - Quantidade de artigos publicados por periódico por ano.
                                         PERIÓDICO/TOTAL DE ARTIGOS
         ANO          QUIM. NOVA                 QNESC              RVQ                TOTAL
         2011               300                     36                41                 377
         2012               393                     39                49                 481
         2013               249                     40                75                 364
         2014               266                     37               102                 405
         2015               131                     31               103                 265
    TOTAL                  1339                    183               370                 1892
                                                       

       Analisando os dados na Tabela 1, percebe-se que o número de artigos publicados
na Revista Química Nova é maior do que nas outras duas publicações, visto que as
publicações contemplam várias áreas da Química, não somente em Educação.
       O número de artigos com uso de TICs publicados por ano variou, tendo os anos
de 2014 e 2015 como os mais produtivos. Neste período, a Revista Química Nova na
Escola publicou mais artigos do que os outros dois periódicos (Tabela 2).
                                                       


                                                                                                      





        Tabela 2 - Total de artigos encontrados de interesse para a pesquisa, por periódico e por ano.
                                      PERIÓDICOS/OBJETOS DO TRABALHO
        ANO            QUIM. NOVA                QNESC              RVQ               TOTAL
         2011                 1                      1                0                   2
         2012                 1                      1                0                   2
         2013                 4                      1                0                   5
         2014                 2                      4                1                   7
         2015                 2                      2                3                   7
    TOTAL                    10                      9                4                  23
                                                           

        Apesar de ter um número maior de artigos com a utilização de TICs (10 artigos
ao todo, de acordo com a Tabela 2), a revista Química Nova também teve o maior número
de artigos publicados nesse período (1339 artigos, de acordo com a Tabela 1). Assim, a
relação entre o número de artigos com a utilização de TICs e o total de artigos (10/1339)
é menor do que o da revista Química Nova na Escola, que teve um total de 183 artigos
publicados, sendo que 9 deles fazem uso de TICs (9/183), apresentando uma maior
relação de artigos com foco no ensino.
       Nos trabalhos analisados, o tipo de ferramenta digital mais utilizado foi o Software
Educativo, com 9 trabalhos encontrados (39,1% do total de trabalhos analisados), como
pode ser visto na figura a seguir. Software Educativo, nesse contexto, é um tipo de
ferramenta que permite a simulação do mundo submicroscópico para facilitar o
entendimento de determinado assunto. Os demais trabalhos que tiveram os maiores
índices de uso de tecnologias digitais incluíram: páginas web (13%), ambientes virtuais
de aprendizagem (8%) e vídeo aulas (8%).




                                                                                                   
                              Figura 1 - Número de Trabalhos por Categoria.
                                                       
       Considerando o público-alvo, houve predominância de trabalhos dirigidos a
alunos de Graduação (um total de 12 artigos). Foram encontrados trabalhos direcionados
a alunos desde o Ensino Fundamental à Graduação, passando pela Educação de Jovens e


                                                                                                      





Adultos. A Figura 2 apresenta um gráfico de barras relacionando os números de artigos
em cada uma dessas categorias.




                                                                          
                      Figura 2 - Número de Trabalhos por Público-alvo.
                                              
        Em relação aos conteúdos, verificou-se uma grande diversidade: ao todo, foram
encontrados vinte (20) conteúdos distintos para vinte e três (23) trabalhos analisados.
Percebe-se assim que não houve predominância de conteúdo. Isto pode refletir que a
dificuldade não se localiza em um assunto específico, mas disseminada por toda a
disciplina.
       

5. Considerações Finais
Este artigo apresenta o resultado uma pesquisa bibliográfica exploratória, nos periódicos
da Sociedade Brasileira de Química, por trabalhos que utilizam Tecnologias da
Informação e Comunicação para apoio ao processo de ensino e aprendizagem de Química.
        Apesar do grande número de publicações, assim como no trabalho de Santos et al.
(2014), que considerou apenas periódicos e eventos promovidos pela Sociedade
Brasileira de Computação, nesta pesquisa, analisando trabalhos nas publicações da
Sociedade Brasileira de Química, percebeu-se que pouca atenção tem sido dada no uso
das TICs como apoio pedagógico no ensino de Química. É importante que o professor
domine os assuntos de sua disciplina, contudo é necessário que tenha habilidades para
ensiná-la através do uso de recursos didáticos, com o auxílio da informática e da internet. 
        Nesse sentido, é importante a soma de esforços dos profissionais da área de
Educação em Química com os de Informática Educativa, no sentido de desenvolver novas
ferramentas, técnicas e abordagens de ensino e aprendizagem de Química pelo uso das
TICs. 
        Como trabalhos futuros pretende-se realizar uma análise bibliométrica para
indicar a tendência de usos de ferramentas digitais para o ensino de Química, através da
exposição das áreas da disciplina com maior número de publicações.


6. Referências



                                                                                        





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