=Paper= {{Paper |id=Vol-1877/CtrlE2017_AC_18_55 |storemode=property |title=Letramento Digital e Trabalho Docente na Escola: Estratégias e Possibilidades de Uso das Tecnologias (Digital Literacy and Teaching Work at School: Strategies and Possibilities of Use of Technologies) |pdfUrl=https://ceur-ws.org/Vol-1877/CtrlE2017_AC_18_55.pdf |volume=Vol-1877 |authors=Maíra Cordeiro dos Santos }} ==Letramento Digital e Trabalho Docente na Escola: Estratégias e Possibilidades de Uso das Tecnologias (Digital Literacy and Teaching Work at School: Strategies and Possibilities of Use of Technologies)== https://ceur-ws.org/Vol-1877/CtrlE2017_AC_18_55.pdf
                                                 II Congresso sobre Tecnologias na Educação (Ctrl+E 2017)
                                                              Universidade Federal da Paraíba - Campus IV
                                                                           Mamanguape - Paraíba – Brasil
                                                                             18, 19 e 20 de maio de 2017




             Letramento digital e trabalho docente na escola:
           estratégias e possibilidades de uso das tecnologias
                                 Maíra Cordeiro dos Santos1
1
    Programa de Pós-Graduação em Linguística - Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
        Conjunto Humanístico – Bloco IV - Cidade Universitária – João Pessoa - PB
                                CEP 58059-900 – Brazil
                                 mairacordeiro@gmail.com

       Abstract. Considering the importance of technologies in the modern world,
       and especially in education, this article, on the one hand, aims at discussing
       the reasons why technology should be used in school, problematizing the
       reasons and functions of these resources in education. On the other hand, it
       aims to reflect the purpose of its use, that is, the strategies and possibilities in
       the classroom. The bibliographical analysis and the interpretative paradigm
       are used as methodology and as a data generation instrument a questionnaire
       applied with students of the course of Letters of the Universidade Federal da
       Paraíba (UFPB). The preliminary results indicate that the use of the new
       technologies in education only makes sense when their appropriation is allied
       to the effective exercise of reading and writing that circulate in the digital
       environment, that is, the exercise of digital literacy, in relation to the teacher
       and To the student.

       Resumo. Considerando a importância das tecnologias no mundo moderno e,
       em especial, na educação, este artigo, por um lado, tem por objetivo discutir
       os motivos pelos quais a tecnologia deve ou não ser usada na escola,
       problematizando as razões e funções desses recursos na educação. Por outro
       lado, visa refletir a finalidade do seu uso, ou seja, as estratégias e
       possibilidades na sala de aula. Utiliza-se como metodologia a análise
       bibliográfica e o paradigma interpretativista e como instrumento de geração
       de dados um questionário aplicado com alunos do curso de Letras da
       Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Os resultados preliminares
       indicam que o uso das novas tecnologias na educação só faz sentido quando a
       sua apropriação estiver aliada ao efetivo exercício das práticas de leitura e
       escrita que circulam no meio digital, ou seja, ao exercício do letramento
       digital, em relação ao professor e ao aluno.

1. Introdução
As novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC) causaram uma revolução
na forma de comunicação e de interação no mundo moderno. Diariamente, milhões de
pessoas conectam-se a seus computadores, notebooks, tablets, smarphones para realizar
suas tarefas, tanto profissionais quanto pessoais. Essa modificação das relações sociais

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                                                          Universidade Federal da Paraíba - Campus IV
                                                                       Mamanguape - Paraíba – Brasil
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procura invadir diversos setores da sociedade, incluindo a escola. Parece uníssono que
as novas tecnologias podem melhorar a educação e que é preciso incluir recursos
tecnológicos na sala de aula. Entretanto, parece que professores, gestores e alunos ainda
não entendem o porquê devem utilizar esses recursos nem com que finalidade.
        Assim, esse artigo, por um lado, tem por objetivo discutir os motivos pelos quais
a tecnologia deve ou não ser usada na escola, problematizando as razões e funções
desses recursos na educação. Por outro lado, visa refletir a finalidade do seu uso, ou
seja, para que eles devem ser usados e, mais especificamente, como devem ser
utilizados. A partir da análise bibliográfica, busca-se compreender a função da
linguagem e do letramento digital como práticas sociais importantes na
contemporaneidade, abordando os conflitos, dificuldades e possibilidades de usos dos
recursos digitais na sala de aula.
        Para essa pesquisa, foi utilizado um questionário com 14 (quatorze) alunos do
terceiro período da graduação em Letras na modalidade educação a distância (EaD), da
Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que já são professores em atividade, dos quais
09 (nove) atuam de 01 mês a 08 anos e 05 (cinco) exercem a profissão de 13 anos a 25
anos. Por meio deste questionário, buscou-se identificar de que forma esses estudantes
em formação inicial veem o uso das tecnologias na sala de aula, entendendo suas
concepções teóricas e práticas.
        Em primeiro lugar, visa-se entender as novas tecnologias presentes na escola, a
partir das políticas públicas, bem como a noção de letramento digital. Em seguida,
discute-se por que, para que e como os estudantes percebem as novas tecnologias no
espaço da sala de aula.

2. Novas tecnologias na escola e letramento digital
As tecnologias da informação e da comunicação (doravante TIC) há muito tempo fazem
parte da educação brasileira. Inicialmente, foram utilizados artefatos como o rádio, a
televisão, o videocassete e, mais modernamente, o computador e as tecnologias móveis
(tablets e smartphones) invadem os espaços sociais e educacionais.
        Maia & Barreto (2012) fornecem uma breve história das políticas públicas
voltadas para a inserção das tecnologias na educação brasileira. Segundo os autores, as
primeiras medidas são estabelecidas ainda na década de 1970 em algumas universidades
públicas (Moraes, 1997). Entretanto, só a partir da década de 1980, o computador passa
a ser analisado como instrumento de ensino e, consequentemente, fruto de políticas
públicas (Nascimento, 2007; Borba & Penteado, 2010). Nessa época, surgiram
programas do Ministério da Educação (MEC) como o EDUCOM (Computadores na
Educação), que gerou a criação de centros-piloto em cinco universidades públicas
brasileiras com o intuito de realizar pesquisa multidisciplinar e habilitar as pessoas para
auxiliar na decisão de informatização da educação pública brasileira. Em 1987, foi
implementado o FORMAR, que pretendeu criar cursos de especialização em nível de
pós-graduação lato sensu, a fim de que professores pudessem atuar na formação de
outros professores por meio de cursos de informática na educação. (ALMEIDA, 2008).


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        Em 1996, foi criada a Secretaria de Educação a Distância – SEED com o intento
de promover a inclusão das TIC na educação e agir no desenvolvimento da educação a
distância visando a democratização do acesso e melhoria de qualidade da educação. Em
1997, surge o Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO), que
propiciou a criação de Laboratórios de Informática Educativa (LIE) nas escolas públicas
do País. Segundo o MEC (1997):
                                   A implantação do PROINFO objetivava: i) melhorar a
                                   qualidade do processo de ensino-aprendizagem; ii)
                                   possibilitar a criação de uma nova ecologia cognitiva nos
                                   ambientes escolares mediante incorporação adequada das
                                   novas tecnologias da informação pelas escolas; iii)
                                   propiciar uma educação voltada para o desenvolvimento
                                   científico e tecnológico; e iv) educar para uma cidadania
                                   global numa sociedade tecnologicamente desenvolvida.
                                   (Brasil, 1997).
        Posteriormente, outros programas foram instituídos pelo MEC, como a Radio
Escola, DVD Escola, Rede Interativa Virtual de Educação (RIVED), entre outros,
visando, cada um, a apropriação de uma determinada tecnologia, bem como a
preparação dos docentes para a sua utilização na escola. Entretanto, algumas
dificuldades, seja de cunho financeiro, seja de cunho estrutural, organizacional ou
humano ainda dificultam a preparação adequada dos professores para o uso desses
recursos.
    Os autores que defendem o uso das TIC na escola acreditam que tal intento toma por
base uma conjuntura social de inclusão desses alunos no cenário digital que circula na
sociedade. Nesse sentido, Pereira (2011) afirma que, atualmente, o grande desafio das
escolas, dos educadores e da sociedade civil é a exclusão digital, que aflige milhares de
pessoas no país. Apesar de o Brasil estar entre os 12 países mais bem-posicionados no
tocante à inclusão digital, somente 5% da população usam os serviços de Internet, diante
da grande falta de recursos físicos, pouco conteúdo midiático em língua portuguesa,
escassos centros públicos de uso da Internet e metas insuficientes conquistadas pelo
poder público quanto à informatização das escolas.
         Nesse contexto, a inclusão digital é um processo em que os indivíduos ou um
determinado grupo “passa a participar dos métodos de processamento, transferência e
armazenamento de informações que já são do uso e do costume de outro grupo,
passando a ter os mesmos direitos e os mesmos deveres dos já participantes daquele
grupo onde está se incluindo” (PEREIRA, 2011, p. 17). O processo de inclusão digital
permite que além de buscar a informação, as pessoas possam extrair conhecimento. Esse
movimento de apreensão da linguagem digital e da capacidade de constituir sentidos por
meio das tecnologias é chamado de letramento digital. Por isso, é necessário ir muito
além do aprender a digitar em um computador. Para se falar em inclusão digital e em
letramento digital é necessário mais do que a democratização do acesso ao computador.
O letramento digital permite que as pessoas signifiquem a informação, busquem
conhecimento, compartilhem experiências.
        Por meio das novas tecnologias, os indivíduos podem ter acesso a jornais e
revistas de grande circulação, visitar museus, galerias, parques, zoológicos e lugares de
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todo o mundo, conhecer diversas imagens, sons ou músicas, manter contatos com outras
pessoas ao redor do mundo: são infinitas as possibilidades. Por isso, o letramento digital
tem como fundamento a constituição da cidadania e da formação do ser humano
moderno.
        Segundo Pereira (2011), proporcionar aos alunos menos favorecidos o
letramento digital pressupõe ajudá-los a utilizar as TIC para conectar-se com o mundo,
sem limitar-se ao ensino descontextualizado das práticas virtuais. É preciso que os
estudantes usem efetivamente as novas tecnologias, identificando usos que lhe façam
significados no mundo.
        Embora a inserção de políticas públicas seja fundamental, a entrada de recursos
tecnológicos nas escolas, por si só, não garante uma transformação no desempenho dos
estudantes. A tecnologia não é a “solução” para os problemas educacionais, mas um
instrumento que pode auxiliar a propiciar a aprendizagem. Para ocasionar uma mudança
nas escolas, é fundamental que, além de investir-se em aquisição de hardwares e
softwares, enfatize-se a formação do professor para o trabalho pedagógico com o
computador. Como observa Valente (2011: 22), “os computadores só fazem sentido se
forem implantados para enriquecer o ambiente de aprendizagem, e se nesse ambiente
existirem as condições necessárias para favorecer o aprendizado do aluno”. O professor
capacitado para esse fato é um dos elementos indispensáveis para a existência de
condição benéfica. Para isso, é essencial que os professores sejam preparados para o
trabalho com as TIC ainda na formação inicial.

3. Por que usar tecnologia na escola?
Conforme discutido acima, os autores são unânimes em decretar a necessidade do uso
das tecnologias em sala e aula, como instrumentos para promover a aprendizagem e
propiciar o letramento digital. Parece que esse discurso também ecoa nos docentes, que
disseminam a ideia da importância e da necessidade do uso das TIC na sala de aula.
Todos os estudantes-professores pesquisados (100%) afirmaram que acreditam que se
devem utilizar tecnologias na sala de aula. Embora respondam de modo afirmativo, os
professores continuam sem utilizar esses recursos na escola. É provável que a própria
necessidade do uso seja desconhecida pelo professor: ele apenas reflete um discurso que
parece sedimentado na sociedade atual.
        Nesse sentido, é importante discutir se os professores entendem o porquê devem
utilizar as TIC em sala de aula, problematizando seus discursos e ideias. No quadro 01,
podem-se observar algumas respostas à pergunta: por que se deve utilizar as TIC em
sala de aula?
         As respostas 1, 2 e 3 demonstram que os pesquisados percebem que a
tecnologia faz parte do contexto social da vida moderna e que, por isso, deve estar
inserida na escola. Nesse sentido, Otacílio José Ribeiro (2011, p. 86) afirma que
“precisa-se, hoje, de um pensamento que compreenda a tecnologia como parte de um
momento histórico: a tecnologia é parte desta história e está interligada à formação e à
construção do sujeito”.


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                     Tabela 01. Por que utilizar as TIC em sala de aula?

 1. “Porque hoje a tecnologia comanda a vida dos adolescentes e jovens, e pode ser muito
 produtiva em sala, acredito que toda e qualquer ferramenta que facilite a transmissão de
 conhecimentos deve ser utilizada pelo professor, seja qual for”.
 2. “Por que não se tem como fugir da tecnologia hoje, você está dando sua aula e o estudante
 está no celular e aí ou você toma o celular ou pede para ele usar aquele aparelho e sua net para
 pesquisar sobre o assunto da aula e o introduz em sala usando o que tirava a atenção dele para
 ser de utilidade da disciplina e da aula. Fora isso estamos cercados, não há de fato como fugir,
 se manter no quadro e não interagir com a realidade e a realidade hoje é presencial e virtual, e
 existimos virtualmente e presencialmente”.
 3. “O professor deve usar tecnologias em sala de aula, pois o mundo está cada vez mais
 globalizado e utilizar tecnologias é uma forma de se aproximar da geração que está nos
 bancos escolares. O mundo está cada vez mais avançado e por isso se faz necessário à
 adequação de abertura para o novo, para que assim as aulas se tornem mais atraentes,
 eficientes e participativas. Desde que o educador não se acomode procurando sempre ser
 construtivista”.
 4. “Por que é através da tecnologia que os alunos observam mais as aulas e conseguem
 interagir conosco e com os demais colegas. Uma aula só quadro e professor não é muito
 interessante para eles. Quando pedimos um seminário, um trabalho de pesquisa...algo da
 atualidade, nos surpreendemos com a participação deles”.
 5. “Porque elas facilitam bastante o nosso trabalho. São vários subsídios dispostos para que
 nossas aulas não sejam monótonas, só temos que procurar nos especializar, entrar nesse
 mundo tecnológico e aproveitar as vantagens oferecidas por esse recurso”.
 6. “Para dinamizar melhor as aulas como também fazer com que o aluno tenha maior
 interação”.
        Segundo Ferreira (2011), o uso de TIC não é mais uma alternativa ou interesse
pessoal, mas uma necessidade do contexto sociocultural moderno, existente nas mais
diversas atividades humanas. Parece, então, que para uma parcela dos professores deve-
se usar a tecnologia em sala de aula por que ela faz parte da sociedade moderna e, não
necessariamente, porque pode auxiliar no desenvolvimento e aprendizagem dos alunos.
De fato, as construções sociais, bem como suas normas formas de relacionamento e de
comunicação devem estar integradas a processos complexos e estruturados nas salas de
aula, uma vez que a escola é uma parte da sociedade. Entretanto, é preciso problematizar
e refletir sobre os motivos de uso desses recursos na educação. Implementar esses
recursos na escola sem a percepção de uma motivação mais ampla, pode ocasionar a
subutilização, ou a “tecnofobia”, como ocorre nos dias de hoje.
        Embora os professores ecoem a necessidade de uso das TIC em sala de aula,
pesquisas, como as de Ferreira (2011) mostram que os professores ainda não se
apropriaram desses artefatos reconfigurando-os em instrumentos de trabalho. Um dos
problemas pode ser a necessidade de se compreender por que os recursos devem ser
utilizados, e se realmente eles devem. É necessária uma maior discussão a respeito da
necessidade ou não do seu uso na escola. Será que, apenas por fazer parte das relações
sociais as novas tecnologias devem ser incorporadas na sala de aula? Quais os

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desdobramentos dessas escolhas? Parece que as prescrições da sociedade moderna
pressionam a utilização dos recursos ao mesmo tempo sem permitir discussões mais
profundas sobre seu real impacto na educação. Poderia um professor atualmente
simplesmente não querer usar as TIC na sala de aula? Por que não?
        As respostas 4, 5 e 6 assinalam a importância da interação do meio digital como
fator para “dinamizar” as aulas, deixando de “ser monótonas”. Pode-se perceber aqui
uma espécie de “tecnolatria” ou superestimação do poder das tecnologias. Afinal,
apenas as TIC podem garantir interação entre alunos e professores e tornar a aula mais
dinâmica e menos monótona? Existem inúmeros recursos que podem fazer esses efeitos
– além das tecnologias – e que são usados na educação há muito tempo, como jogos,
brincadeiras, discussões, etc. As tecnologias são a única e melhor forma de promover a
interação em sala de aula? O uso desses recursos, por si só, garantem que a aula será
menos monótona e mais dinâmica? De fato, segundo Geraldi; Fichtner; Benites (2006,
p. 126):
                                  o computador transforma o conhecimento teórico em
                                  uma realidade mais prática e autônoma, pois com ele se
                                  expandem e se desdobram os campos e áreas práticas de
                                  uma aplicação do conhecimento. “O computador não é
                                  somente um resultado de nosso comportamento e de
                                  nosso pensamento, pois ao mesmo tempo está realizando
                                  uma mudança fundamental na nossa forma de
                                  comportar-nos, na nossa forma de pensar”.
      É necessário um exame mais crítico a respeito do uso das TIC nas salas de aulas.
Usá-las simplesmente porque o discurso atual assim impõe não garante que as
particularidades do computador sejam exploradas. É importante, primeiramente,
(re)pensar o papel das novas tecnologias e da linguagem digital no cenário educacional,
integrando a um amplo projeto pedagógico na escola. As imposições sociais devem ser
relativizadas em prol da comunidade escolar. O computador só pode fazer sentido na
educação quando alunos e professores compreenderem o real motivo de sua utilização,
bem como os ganhos. Além disso, é fundamental discutir para que servem as
tecnologias na escola.

4. Para que usar tecnologias na escola?
Podem-se analisar duas posições acerca do uso do computador na sala de aula: a
pessimista, que entende que os impactos podem ser negativos, subestimando suas
potencialidades; e a otimista, que superestima as influências da tecnologia na escola.
Segundo Geraldi; Fichtner; Benites, (2006), ambas as posições, reafirmam
objetivamente resultados imediatos do computador nos processos de ensino e
aprendizagem na escola. Entretanto, as possibilidades do seu uso social continuam,
normalmente, sistematicamente negadas. Nesse sentido, é impossível entender o
computador como um instrumento do sujeito, e ainda mais, como instrumento da
atividade do sujeito.



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                                                                        Mamanguape - Paraíba – Brasil
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       Pensar para que empregar as novas tecnologias na escola pressupõe refletir sobre
as significações que são conferidas pelo sujeito. O quadro 02 apresenta algumas
respostas à pergunta: para que usar TIC em sala de aula?
                   Tabela 02. Para que utilizar as TIC em sala de aula?

 7. “Para facilitar a transmissão dos conhecimentos aos alunos, atrair a atenção dos alunos e
 garantir uma participação na aula mais efetivamente”.
 8. “Para interagir o conhecimento, se descobrir novas coisas e formas de pensar um mesmo
 objeto”.
 9. “Para melhorar a participação e aprendizagem dos alunos”.
 10. “O uso de tecnologias tem como finalidade aproximar alunos e professores, além de ser
 útil na exploração dos conteúdos de forma mais interativa. O aluno deixa de ser um mero
 observador das aulas e passa a ser um estudante mais participativo e ativo. A tecnologia
 também auxilia o educador na busca por conteúdos a serem trabalhados e possibilita aulas
 mais diversificadas”.
 11. “A tecnologia deve ser utilizada em sala de aula com a finalidade de fazer o trabalho do
 professor mais proveitoso e que o aluno aprenda de uma maneira mais dinâmica. Os sites
 seriam usados para pesquisas dos conteúdos curriculares e é preciso evitar o uso das redes
 sociais no ambiente escolar”.
 12. “Para facilitar o aprendizado, para acrescentar um item a mais nos conhecimentos já
 transmitidos e planejados para a sala de aula”.
        As respostas variam, mas, em geral, os pesquisados acreditam que a tecnologia
deve der utilizada para “facilitar o aprendizado”, “aproximar alunos e professores” e
para a “exploração dos conteúdos de forma interativa”. Esses discursos evidenciam a
compreensão que os professores têm acerca do uso das TIC na sala de aula, uma vez
que, segundo eles, esses recursos podem facilitar o aprendizado, atuar de forma
interativa, unindo professores e alunos. A sua utilização, portanto, está muito ligada aos
conteúdos escolares e à interação entre os pares na escola. A noção de letramento
digital, portanto, parece ser desconhecida desses professores, ou seja, a necessidade de
integração dos conhecimentos adquiridos pelas/nas/sobre as TIC na vida social. Além
disso, talvez falte uma integração maior dos recursos tecnológicos a um projeto mais
amplo da escola. A tecnologia é vista isoladamente, como um acessório que pode ajudar
o processo de ensino aprendizagem. Nesse sentido, Grinspun citado por Otacílio José
Ribeiro (2011) afirma que:
                                     A tecnologia não pode estar dissociada da educação: ela
                                     é parte integrante do processo educativo e não deve ser
                                     tratada isoladamente. Além disso, a tecnologia deverá
                                     estar presente não como apêndice, mas como realidade
                                     que não pode ser ignorada ou desconhecida, da forma
                                     mais humana possível. Logo, um projeto de educação
                                     tecnológica precisa ter intencionalidade e respaldo
                                     teórico.
      Para que o computador torne-se um instrumento de prática do sujeito, utilizado
em suas potencialidades, é imprescindível que as pessoas estejam abertas a novas

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experiências e, simultaneamente à crítica de seus resultados. “Uma recepção crítica das
novas tecnologias da informação é o caminho que nos resta, na pedagogia, para
mantermos e (re)vitalizarmos os processos de ensino e aprendizagem” (GERALDI;
FICHTNER; BENITES, 2006, p. 118).
        Para compreender os complexos processos de transformação social que o
computador empreende na sociedade, Geraldi; Fichtner; Benites (2006) discutem sobre
a necessidade de questionar sobre o potencial desses novos meios e instrumentos para o
futuro da sociedade e da educação. Parece ser evidente o enriquecimento nos processos
interacionais, mas as experiências históricas de apropriação de outras tecnologias, como
a escrita e a imprensa, ao invés de propiciar uma inclusão, pode ocasionar uma profunda
exclusão social. Isso porque, historicamente, os mais abastados dominaram esses
complexos instrumentos apropriando-se dos seus recursos a fim de facilitar sua
convivência social. É necessário, portanto, compreender as potencialidades do
computador aliadas a outras características humanas, como a construção de novas
formas de relações entre sujeitos livres. O seu uso não deve ser imposto na escola, nem
sequer nas interações humanas na modernidade.
                                   Não é só porque abre incontáveis possibilidades de
                                   interações, de circulação de informações, de expansão
                                   das possibilidades de aprender que o computador abre
                                   novas perspectivas para o que até hoje representa o
                                   núcleo da subjetividade do homem, a sua intuição, o seu
                                   pensamento pessoal, a sua criatividade, as suas emoções,
                                   etc. (Geraldi; Fichtner; Benites, 2006, p. 126).
       As novas tecnologias, assim como outras que surgiram na história da
humanidade devem estar a serviço dos seres humanos. Dessa forma, suas
potencialidades devem ser compreendidas pelas pessoas que reconfiguram seu agir,
quando fizer sentido. Embora os resultados sejam disseminados em um discurso do “ter
que usar”, é fundamental que o professor entenda se quer usar, por que, para que e como
usar. Apenas dessa maneira, o uso do computador pode fazer sentido na sala de aula,
não como uma necessidade ou obrigação, mas como mais uma tecnologia aliada à
construção dos conhecimentos reconfigurados pelos sujeitos (BRONCKART, 1999;
2006). Além disso, essas novas TIC devem estar integradas a um projeto da escola como
um todo, estando a serviço dos sujeitos para o seu desenvolvimento e aprendizagem.

5. Como usar tecnologias na escola?
O uso das TIC na sala de aula pressupõe pensar a maneira como explorar suas
potencialidades, por meio do desenvolvimento de modelos didáticos adequados ao
contexto social. Esse processo, no entanto, é complexo e longo, pois implica a
apropriação desses recursos por alunos e professores. Além de se pensar por que e para
que usar, entender a maneira como integrar esses recursos na sala de aula pode ser
fundamental para o sucesso da utilização a favor da construção dos sujeitos sociais.
                                   A apropriação social do computador não significa a
                                   organização sistemática do ensino nas escolas para
                                   desenvolver uma competência dos indivíduos para usar
                                   esse meio de forma adequada num nível técnico. A

                                                                                                214
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                                  apropriação social da “máquina universal” significa um
                                  processo com o qual apreendemos o computador como
                                  uma parte de nossas formas de vida cotidiana. Implica
                                  usar e desenvolver essa tecnologia como um meio de
                                  autogestão de nossa sociedade, sem esperar que ele
                                  próprio, como tecnologia, desenvolverá por si um
                                  modelo de gestão a que os indivíduos devem se submeter
                                  como querem fazer crer os ideólogos de mercado livre.
                                  Ao contrário, será as práticas sociais que constituirão um
                                  novo modelo adequado às novas condições de existência
                                  que o desenvolvimento está possibilitando. Os homens
                                  com suas máquinas construíram o mundo que temos; os
                                  homens com suas máquinas construirão o mundo que
                                  teremos. (GERALDI; FICHTNER; BENITES, 2006, pp.
                                  129-130).
        As metodologias escolares para o uso do computador e demais tecnologias,
assim, devem prever, não apenas a exploração conteudística do ambiente virtual. Ao
contrário, as tecnologias devem ser integradas na escola como parte do sistema social,
promovendo a inclusão digital, e apropriadas pelos sujeitos como forma de mudança e
construção da sociedade. Nesse sentido, o letramento digital tenta promover o uso das
tecnologias a serviço da vida em comunidade. Por isso, não se deve ensinar informática,
mas praticá-la. Ainda assim, é preciso problematizar como os professores estão usando
as TIC em sala de aula e se essas metodologias podem propiciar ganhos sociais para os
docentes e discentes. O quadro 03 apresenta algumas respostas à pergunta: como se
devem utilizar as TIC em sala de aula, ou seja, deve existir alguma metodologia
específica?
        A resposta do pesquisado transcrita no fragmento 14 demonstra a necessidade de
conhecer o contexto social em que os alunos estão incluídos, devendo o professor
procurar as tecnologias que se adaptam à realidade da escola e dos alunos. Pode-se ver
aqui uma preocupação que se enquadra no letramento digital, pois apresenta a
preocupação em adaptar os conhecimentos tecnológicos ao ambiente social específico, a
fim de construir sentido para os alunos. O trecho 17 apresenta a necessidade de
planejamento do professor para o trabalho com os recursos tecnológicos, levando em
consideração, também, o contexto em que os jovens estão inseridos, inclusive no tocante
às interações em redes sociais. O trecho 11, no entanto, apresenta a opinião de outro
professor, para quem o uso das redes sociais deve ser evitado. Dessas preliminares
análises, pode-se perceber que as maneiras de trabalhar com as tecnologias variam
conforme o professor, que reconfiguram seu agir a partir de suas vivências e realidades
(BRONCKART, 1999; 2006). O excerto 15 reflete essa posição de que cada professor
deve encontrar a sua maneira de trabalhar com esses recursos.
       De todo modo, apesar da possibilidade de variação na maneira como trabalhar
com as TIC na escola, é fundamental que o professor compreenda a necessidade de
adaptar as metodologias para essa nova realidade. Segundo Isabel Frade (2011), a cada
tecnologia da escrita na sociedade, deveríamos (re)pensar novas formas de agir e
possibilidades cognitivas e, consequentemente, em novas pedagogias. Isso porque esses
instrumentos transformam as maneiras de se relacionar com a cultura escrita e, em outro
                                                                                               215
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âmbito, com o próprio conhecimento e com a escola, instituição incumbida de transmiti-
lo.
                     Tabela 03. Como utilizar as TIC em sala de aula?

 13. Tudo na vida deve ter um objetivo, cabe ao professor traçar suas metas e explicá-las aos
 alunos. Porque e para que está sendo utilizada aquela ferramenta.
 14. O professor deve usar tecnologia na sala de aula levando em consideração que nem todos
 os alunos estão totalmente inclusos nessa nova era digital. O ideal é testar as novas
 tecnologias e identificar quais se enquadram na realidade da escola e dos alunos.
 15. O professor deve levar aos alunos meios de fácil aprendizado para assim os próprios
 entenderem, o modo específico não é obrigatório e sim cada professor mostrar o que acha
 importante e que possa passar para os alunos com segurança.
 16. O professor deve usar a tecnologia na sua sala de aula quando precisar de uma pesquisa
 mais avançada sobre um conteúdo qualquer ou também para interagir ou produzir hipertextos,
 desenvolvendo o poder da escrita dos alunos.
 17. Acredito que ele deve sempre planejar, escolher mecanismos que de fato ajudem, somem
 as suas aulas, buscar se integrar ao universo dos adolescentes ou crianças que utilizam
 principalmente as redes sociais para interagir.
        Para Otacílio José Ribeiro (2011), a questão crucial de uma prática educativa
mediada pela tecnologia é analisá-la a partir da perspectiva de um planejamento,
buscando-se a participação dos professores no suporte pedagógico e apresentação de
soluções. As ferramentas tecnológicas devem ser utilizadas se fizer sentido para os
professores e alunos, ou seja, quando acrescentar valor e inovar os programas e
processos já existentes. A imposição não deve vir “de fora”, de políticas públicas que
determinam o uso desses instrumentos ou de pesquisas que demonstram que o uso
dessas tecnologias melhora o processo de ensino aprendizagem. As TIC devem ser
utilizadas quando os docentes e discentes acharem necessárias em seu âmbito social e
quando seu uso fizer sentido nas práticas sociais; ou seja, seria bom que sua utilização
estivesse atrelada a práticas de letramento digital, que visam diminuir a exclusão social.
Segundo o autor:
                                     Ao se pensar o processo pedagógico mediado pela
                                     tecnologia, não se pode esquecer que a centralidade da
                                     ação deve estar nos sujeitos, e não na técnica. Esse é um
                                     fato de ordem primitiva; é preciso ver primeiro as
                                     potencialidades do indivíduo; a máquina é apenas um
                                     instrumento. (...) A tecnologia só tem validade se for
                                     subordinada ao homem. É preciso um olhar para além da
                                     técnica, verificando-se os sujeitos com seus anseios, sua
                                     existência, suas potencialidades e seus problemas; e,
                                     diante disso, reconhecer a tecnologia enquanto saber
                                     importante e que está a serviço do homem para o
                                     atendimento de suas necessidades. (RIBEIRO, 2011, p.
                                     94).
       Dessa forma, a educação, particularmente a mediada pelas novas tecnologias,
traz como compromisso ético propiciar a inserção de todos em seus domínios e batalhar
                                                                                                  216
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por essa inclusão, buscando ultrapassar a alienação. As escolas devem procurar e
possibilitar a formação da autoconsciência.

Considerações Finais
Os resultados preliminares indicam que não é suficiente apenas ensinar o estudante a
digitar em um computador: é preciso que ele esteja apto para usá-lo na vida diária,
extraindo conhecimentos e sentidos. Da discussão, depreende-se também que o uso das
novas tecnologias só faz sentido na educação quando a sua apropriação estiver aliada ao
efetivo exercício das práticas de leitura e escrita que circulam no meio digital, ou seja,
ao exercício do letramento digital.
        É preciso que o professor entenda por que utilizar tais recursos e com que
finalidade pedagógica. Para isso, é necessário investir em formação profissional a fim de
garantir a implementação de novas metodologias que deem sentido ao espaço virtual,
livrando os estudantes da exclusão digital que aflige milhões de pessoas no mundo todo.
A tecnologia só faz sentido na educação quando é utilizada pelas pessoas: é preciso que
os sujeitos entendam e apreendam a potencialidade do uso desses recursos, sem cair na
armadilha da “tecnolatria” ou “tecnofobia”. O foco do processo educacional deve estar
nos sujeitos e na sua relação com o conhecimento. Para entender o impacto das novas
tecnologias na educação, é preciso (re)pensar todas as relações humanas nas instituições
escolares. Depois, é importante investir na cultura interna, ou seja, a formação dos
professores, não só para que usem os recursos tecnológicos na sala de aula, mas para
que esses recursos façam parte de sua vida social.
        A escola deveria, assim, integrar-se a esse cenário social de inovações
tecnológicas, modernizando suas práticas e propostas de ensino-aprendizagem, não
apenas porque é uma necessidade do mundo globalizado ou prescrição externa, mas
porque o letramento digital pode ocasionar a inclusão digital dos sujeitos sociais,
auxiliando na construção da cidadania. Esses recursos, portanto, só devem ser usados
quando a comunidade escolar compreender e apreender suas potencialidades e construir
sentidos para seu uso, (re)elaborando práticas pedagógicas para sua utilização. Essa
mudança, portanto, não vem de fora, mas de dentro de cada professor e aluno, a partir da
interação social que poderá possibilitar a apropriação desses recursos. Por fim, os
professores não devem utilizar as tecnologias porque “são obrigados” pelas prescrições
externas, mas quando esse uso fizer sentido para o processo de ensino-aprendizagem,
quando for uma necessidade da comunidade escolar e quando esses recursos forem
apropriados por professores e alunos como práticas sociais dos sujeitos.

Referências
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  momentos de sua história”. In Educação, Formação & Tecnologias; vol.1(1), pp. 23-
  36. Disponível em: . Acesso em: 07.08.14.
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  Belo Horizonte: Autêntica Editora.


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Bronckart, Jean-Paul. (1999). “Atividade de linguagem, textos e discursos: por um
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