=Paper= {{Paper |id=Vol-3070/paper10 |storemode=property |title=Avaliação de Acessibilidade num Curso Inclusivo para Deficientes Visuais |pdfUrl=https://ceur-ws.org/Vol-3070/paper10.pdf |volume=Vol-3070 |authors=Moisés Soares da Silva Cruz,Maria Amelia Eliseo }} ==Avaliação de Acessibilidade num Curso Inclusivo para Deficientes Visuais== https://ceur-ws.org/Vol-3070/paper10.pdf
       Avaliação de Acessibilidade em um Curso Inclusivo
                   para Deficientes Visuais


                        Moisés Soares da Silva Cruz1, Maria Amelia Eliseo2

  1 Universidade Presbiteriana Mackenzie, Faculdade de Computação e Informática


    moises.cruz@mackenzie.br
  2 Universidade Presbiteriana Mackenzie, Faculdade de Computação e Informática


    mariaamelia.eliseo@mackenzie.br



        Abstract. Learning digital platforms have become a means of supporting
        education, with the potential to cater to various forms of learning. This includes
        people with disability, contributing to inclusive education. Thus, this Final
        Term Paper (Undergraduate) studied and evaluated the main accessibility
        guidelines for visual impaired people related to digital learning platforms. As a
        case study, it evaluated the accessibility of a course created from the SELI
        digital platform, whose purpose is to help teachers create accessible teaching
        materials. For this verification, usability tests and an automatic accessibility
        evaluation were performed. The results showed that the accessible course for
        the visually impaired created with the help of the SELI platform still needs to
        consider some improvements to guarantee accessibility for this population
        fraction.

        Keywords: Accessibility, Inclusive Education, Learning Digital Platforms,
        Usability




        Resumo. Plataformas digitais de aprendizagem vêm se tornando um meio de
        apoio à Educação, com potencial para atender as várias formas de aprender.
        Isso inclui pessoas com alguma deficiência, colaborando para a Educação
        inclusiva. Desta maneira, este Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)
        estudou e avaliou as principiais diretrizes de acessibilidade para pessoas com
        deficiência visual relacionadas a plataformas digitais de ensino. Como estudo
        de caso, avaliou a acessibilidade de um curso criado a partir da plataforma
        digital SELI, cuja finalidade é auxiliar professores na criação de materiais
        didáticos acessíveis. Para esta verificação foram realizados testes de
        usabilidade e uma avaliação automática de acessibilidade. Os resultados
        mostraram que o curso acessível voltado para deficientes visuais criado com o
        auxílio da plataforma SELI ainda precisa considerar algumas melhorias para
        garantir a acessibilidade para esta parcela da população.

        Keywords: Acessibilidade, Educação Inclusiva, Plataformas Digitais de
        Aprendizagem, Usabilidade




Copyright © 2021 for this paper by its authors.
Use permitted under Creative Commons License Attribution 4.0 International (CC BY 4.0).
1 Introdução

Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) são grandes protagonistas em
contextos sociais [17], inclusive quando se refere a ambientes educacionais, que
podem oferecer métodos flexíveis para instituições de ensino. Essas tecnologias
contribuem positivamente no cenário acadêmico, com o acesso universal à educação,
à qualidade de ensino, e até mesmo promover um ambiente de desenvolvimento
profissional para professores e gestores de educação [26]. Deste modo, as TICs
oferecem ao aluno recursos que podem auxiliar na sua necessidade acadêmica, mas
que só é possível se o aluno possuir acesso ao conteúdo da plataforma, no sentido de
utilizá-la sem dificuldade.
   Em vista desta situação, um assunto que vem gradativamente ganhando destaque
dentro deste cenário é acessibilidade, que se propõe em garantir a equidade de acesso
aos recursos e informações de uma plataforma digital, promovendo soluções
inclusivas que podem neutralizar deficiências e oferecer um conteúdo acessível [24].
   Segundo a Unesco [25], mais de 1 bilhão de pessoas em torno do mundo possui
algum tipo de deficiência, sendo que 93 milhões são crianças. De acordo com essa
pesquisa, o Brasil possui 45,6 milhões de casos, representando 24% da população
brasileira [25]. Deste modo, fica evidente notar o quanto é importante a introdução de
soluções inclusivas em instituição de ensino, como universidades, escolas
profissionalizantes, escolas de ensino médio/fundamental, ou ambientes corporativos
com algum contexto educacional.
   De acordo com [21], o desenvolvimento de soluções inclusivas com base nas
condições de deficiência, é indispensável. Entretanto é fundamental não apenas
oferecer recursos que permitem um ambiente mais acessível, como também ser
proativo na identificação de obstáculos e barreiras encontradas por pessoas que
possuem algum tipo de deficiência [25].
   Levando em consideração este cenário, este Trabalho de Conclusão de Curso
(TCC) analisou diretrizes de acessibilidade para deficientes visuais e, em seguida,
realizou uma avaliação automática de acessibilidade e um teste de usabilidade em um
curso construído com o auxílio da Plataforma SELI para inclusão de deficientes
visuais. A plataforma SELI (Smart Ecosystem for Learning and Inclusion), resultado
do projeto SELI, é uma ferramenta digital de autoria que auxilia professores a
construir e/ou adaptar recursos didáticos acessíveis, permitindo o acesso de todos ao
conteúdo oferecido [16] e [20].
   Em vista das possíveis dificuldades encontradas por pessoas com deficiência visual
ao interagir com recursos didáticos digitais, foi concebido o curso “Objetos
Inteligentes Conectados”, com o auxílio da plataforma SELI no sentido de incorporar
a acessibilidade para estas pessoas, de acordo com as recomendações da W3C
oferecidas pela plataforma. A avaliação automática de acessibilidade e os testes de
usabilidade foram aplicados a este curso acessível com a finalidade de aferir a real
acessibilidade oferecida, uma vez que o curso foi construído com o propósito de
atender os deficientes visuais. Assegurar a acessibilidade em um ambiente digital de
estudo irá contribuir para engajar mais estudantes, inclusive aqueles com alguma
deficiência, no processo de aprendizagem.
   Este artigo está estruturado em 5 seções. Além desta primeira seção, a seção 2
apresenta o conteúdo teórico que deu suporte a esta pesquisa, definindo conceitos
relacionados à acessibilidade, suas diretrizes, além dos métodos de avaliação de
acessibilidade. A seção 3 mostra a metodologia aplicada na avaliação de
acessibilidade e nos testes de usabilidade. A seção 4 discute os resultados atingidos a
partir da metodologia aplicada. A seção 5 apresenta as considerações finais e os
trabalhos futuros.


2 Fundamentação Teórica

Esta seção apresenta os conceitos teóricos que nortearam esta pesquisa. Apresenta os
conceitos de acessibilidade, suas diretrizes, além dos métodos de avaliação de
acessibilidade. Aborda conceitos de usabilidade e apresenta os trabalhos correlatos.


2.1 Acessibilidade e suas diretrizes

   Considerando as limitações de grupos desfavorecidos, a Constituição Federal
brasileira publicou o decreto n° 6.949 que promove os direitos das pessoas com
deficiência [4]. Desta maneira, a educação tornou-se um direito de todos, mas que
nem sempre é possível de exercer, pela ausência de recursos de acessibilidade em
ambientes de ensino.
   A acessibilidade é a capacidade de utilização de forma segura, com autonomia total
ou assistida de diferentes tipos de ambientes, por alguém que seja portador de algum
tipo de deficiência [5]. Em diferentes termos, acessibilidade é a capacidade de ação e
movimentos livres de quaisquer entraves que impossibilitam a autonomia da ação de
um indivíduo, tanto em locais físicos quanto virtuais [23].
   No sentido de tornar conteúdos web mais acessíveis, a W3C (World Wide Web
Consortium) recomendou as Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web
(WCAG - Web Content Accessibility Guidelines), compostas por uma série de
diretrizes, que, se seguidas corretamente, promovem a acessibilidade para um maior
número de pessoas. No entanto, mesmo com uma ampla cobertura de diferentes tipos
de limitações, nem sempre é possível atender a todos os casos, como combinações ou
diferentes graus de deficiência [6].
   A versão WCAG 2.1 possui 13 diretrizes de acessibilidade, complementando as
anteriores WCAG 2.0 e WCAG 1.0, que contou com a colaboração de pessoas e
organizações de todo o mundo, para promover o desenvolvimento de padrões de
acessibilidade em conteúdos digitais. Para que a WCAG 2.1 seja executada de forma
correta, foram criadas camadas de orientação para atender os diferentes públicos que
utilizam as WCAGs (desenvolvedores, legisladores, professores, alunos, dentre
outros). A primeira camada corresponde aos quatro princípios que constituem a base
da acessibilidade na Web: perceptível, operável, compreensível e robusto. A segunda
camada corresponde às treze diretrizes de acessibilidade que fornecem os objetivos
básicos para tornar o conteúdo mais acessível aos usuários. A terceira camada é
composta pelos critérios de sucesso, que permitem verificar o nível de conformidade
em relação a cada diretriz. E por último, a camada técnicas de tipo necessário e de
tipo sugerida que possuem caráter informativo: técnicas de tipo necessário para
satisfazer os critérios de sucesso e as de tipo sugerida vão além do que é exigido pelos
critérios de sucesso [6].
   A partir da junção e aplicação dessas camadas, são avaliados os critérios de
sucesso de cada diretriz, sendo possível avaliar o nível de conformidade de um
conteúdo digital. A conformidade é dívida em três níveis, A, AA (Duplo A) e AAA
(Triplo A). São eles, conforme mostra [6]:
• A: possui barreiras significativas de acessibilidade, desta maneira os critérios de
    sucesso do nível 1 são obrigatórios em plataformas digitais.
• AA: é a junção de todos os critérios de sucesso do nível 1 e 2, o que torna o
    conteúdo web acessível para a maioria dos usuários. Atingindo este nível o
    conteúdo web se torna acessível, e de conformidade AA.
• AAA: é a junção dos níveis 1, 2 e 3 dos critérios de sucesso, e consequentemente
    possui o nível de conformidade AAA, visando garantir uma plataforma otimizada
    em relação a acessibilidade, e, consequentemente, atender o máximo de pessoas
    com diferentes tipos de deficiência.
   Todas estas camadas de orientações (princípios, diretrizes, critérios de sucesso e
técnicas de tipo necessária e de tipo sugeridas) trabalham juntas para tornar o
conteúdo mais acessível [6].


2.2   Métodos de avaliação de acessibilidade

Avaliação de acessibilidade pode ser definido como um processo que verifica o quão
acessível encontra-se uma plataforma, de forma satisfatória de acordo com a as
diretrizes de acessibilidade. Este processo é responsável por identificar problemas
como violação de diretrizes, falhas na interface ou índices de desempenho do usuário,
relacionado a recursos de acessibilidade em plataformas digitais [1].
   Entretanto as avaliações de acessibilidade podem ser realizadas de forma manual
ou automática. Estas avaliações buscam comparar a presença das diretrizes de
acessibilidade em uma plataforma web, porém de maneiras diferentes, sendo a
automática utilizando softwares específicos e a manual comparando diretriz por
diretriz com auxílio de algumas ferramentas. Para complementar estas avaliações
podem ser realizados testes de usabilidade para verificar se a interação do usuário
com o sistema é eficaz, eficiente e satisfatório. Neste caso, os testes de usabilidade
devem ser realizados por pessoas com deficiência, com o intuito de simular um
cenário real e buscar as dificuldades e/o facilidades de interação com o sistema [13].
Avaliação Automática. Segundo [12], ferramentas de avaliação de acessibilidade são
softwares ou serviços que auxiliam na verificação de conteúdos digitais, identificando
a ausência das diretrizes de acessibilidade. A W3C não apenas recomenda o padrão a
ser seguido das diretrizes de acessibilidade, como também possui uma lista com mais
de 162 validadores que podem ser utilizados na avaliação de páginas web [27].
Ferramentas automáticas possuem três parâmetros que concluem a avaliação de
acessibilidade, sendo eles os verdadeiros positivos, falsos positivos e falsos negativos.
Os verdadeiros positivos são as reais violações de acessibilidade na plataforma.
Falsos positivos são itens identificados erroneamente pela ferramenta. E falsos
negativos são violações de acessibilidade que a ferramenta não localizou [13].
Métodos de avaliação automática são eficientes, mas não de total eficácia, pois nem
todos os problemas de acessibilidade podem ser detectados pelas ferramentas
automáticas, e, consequentemente, produzindo resultados parcialmente confiáveis [7].

Avaliação Manual. Apesar de existir ferramentas que automatizam o processo de
avaliação manual de acessibilidade, estas não são capazes de identificar todas as
barreiras que estes ambientes possuem. Portanto, a utilização da avaliação manual,
utilizando recursos de TA (Tecnologia Assistiva), tornou-se primordial para análise e
validação de acessibilidade [19].
   Tecnologias Assistivas ou TAs são ferramentas que auxiliam os usuários com
deficiência no uso de uma plataforma digital, como, por exemplo, ampliadores de
telas, leitores de tela dentre outras [2]. Desta maneira a avaliação manual trata de uma
série de comparações executadas por um especialista em WCAG e estas comparações
podem ser auxiliadas por TA para identificar os critérios de sucesso de uma diretriz
[13].


2.3   Usabilidade

   Usabilidade é uma medida usada para definir como um produto é utilizado pelo seu
público-alvo, com o objetivo de alcançar resultados, de forma eficaz, eficiente e
satisfatória em diferentes contextos [3]. Em outras palavras, usabilidade pode ser
definida como um sistema, produto ou serviço que pode ser usado por usuários
específicos, no intuito de atingir objetivos de forma satisfatória de acordo com um
contexto [18].
   Para aferir o nível de usabilidade de um sistema interativo são realizados testes de
usabilidade. Os resultados de um teste de usabilidade medem o desempenho e a
satisfação do usuário, de acordo com o que foi testado, e, consequentemente,
verificam se as expectativas do usuário foram ou não atendidas [18].


2.4   Educação Inclusiva e Projeto SELI

   A inclusão de grupos desfavorecidos dentro do contexto educacional é um
paradigma que se aplica aos mais variados espaços físicos e simbólicos. O processo
de inclusão reconhece e valoriza as características de cada indivíduo [8].
   A ideia de educação inclusiva é que instituições de ensino possam se reorganizar
no sistema educacional, de forma a garantir o acesso, a permanência e condições de
aprendizagem para aqueles que possuem alguma deficiência. Dentro deste cenário se
fortaleceram alguns aspectos, no sentido de que a escola deve buscar caminhos e
alternativas que possam atender as necessidades de seus alunos [9].
   No entanto o processo de inclusão não é algo tão simples de ser aplicado, é preciso
considerar as características diferenciadas de cada aluno, ou seja, para que a inclusão
se aplique de forma eficiente, é preciso criar mecanismos que permitam a integração
social, educacional e emocional do aluno, conforme o seu ambiente de aprendizagem
[11].
   De acordo com [14], se a diferenciação não for inclusiva, isto é, se o trabalho que
aluno com limitações de aprendizagem faz é relativamente igual ao resto da turma,
esse aluno está inserido em sua turma, mas não está incluso. É necessário que o aluno
receba de acordo com suas capacidades, materiais didáticos que possam prover a sua
participação nas atividades oferecidas em aula. Para isto, é desejável que professores
criem ambientes educacionais facilitadores desta interação, de acordo com as
dificuldades de cada aluno, tendo em vista que a diferenciação não se trata de um
método pedagógico, e sim uma forma de organização de trabalho [14].
   Levando em consideração o contexto de inclusão digital, o projeto SELI retrata o
tema de exclusão digital e da inacessibilidade da educação para grupos
desfavorecidos, com o intuito de promover a transferência de conhecimento e adaptar
soluções pedagógicas, cientificas e técnicas de acordo com cada país. Deste modo as
atividades do projeto SELI estão relacionadas com soluções inclusivas por meio das
TICs [20].
   A plataforma SELI, resultado do projeto SELI é uma ferramenta digital de autoria
para professores, que concede direitos da criação de cursos e materiais didáticos
acessíveis, pensando em diferentes tipos de limitações [16]. O intuito é que esses
cursos possam ser disponibilizados aos alunos cadastrados na plataforma, que,
consequentemente, podem fazer acesso aos cursos publicados.


2.5   Trabalhos Correlatos

Como trabalhos correlatos, destaca-se a pesquisa desenvolvida por [22], que avaliou
os conceitos de acessibilidade digital, relacionados à deficiência auditiva, no ambiente
virtual de aprendizagem Moodle. Foram realizadas avaliações automáticas com
quatro validadores: AChecker, TAW, Worldspace FireEyes e Web Accessibility
Assessment Tool no contexto da disciplina “Capacitação em Informática Aplicada”,
publicado no Moodle. As avaliações foram baseadas na WCAG 2.0 e os critérios de
avaliação abordaram como prioridades os quatro princípios de acessibilidade:
perceptível, operável, compreensível e robusto. Além das avaliações automáticas,
foram realizados alguns testes subjetivos de usabilidade com três deficientes
auditivos, de forma a induzir a navegação do usuário na plataforma. Os resultados
obtidos permitiram identificar as diretrizes ausentes no curso que impedem o uso de
forma satisfatória daqueles que possuem limitações auditivas. Também é possível
notar as diferenças entre a efetividade e utilidades entre os dois métodos de avaliação.
   A pesquisa elaborada por [10] abordou conceitos de acessibilidade para deficientes
visuais para analisar se os repositórios digitais científicos da UFRN (Universidade
Federal do Rio Grande do Norte) estão em conformidade com os padrões de
acessibilidade digital em relação a pessoas com cegueira. Foram realizadas avaliações
automáticas de acessibilidade, usando o validador de acessibilidade AccessMonitor e
um teste de usabilidade com estudantes cegos nos repositórios digitais científicos da
UFRN. Os resultados obtidos apresentaram alguns erros de acordo com os princípios
de acessibilidade, alguns erros como de identificação dos cabeçalhos nos códigos
fontes que não estão bem demarcados, outros como a identificação de tabelas e listas
que podem desorientar o usuário, entre outros como a dificuldade de pesquisar uma
determinada informação.
   A referência [19] também avaliou o ambiente virtual de aprendizagem Moodle,
mas, diferente de [22], a pesquisa de [19] buscou identificar as dificuldades
encontradas por pessoas com deficiência visual no uso deste ambiente. A metodologia
de avaliação utilizada nesta pesquisa foi dividida em três etapas. A primeira refere-se
a um levantamento de pesquisas vinculadas a acessibilidade em plataformas de
ensino, apropriando-se do conhecimento referente ao assunto em destaque. A segunda
etapa consistiu em um estudo exploratório e descritivo para identificar os problemas
de acessibilidade no Moodle. Por último empregou-se o método Design Science
Research para auxiliar na resolução dos problemas encontrados. De acordo com os
resultados, a incompatibilidade no uso de um leitor de tela foi o problema mais
evidente, sendo solucionado com a inclusão de um novo tema de interface gráfica no
Moodle.
   Os três trabalhos correlatos apresentados têm em comum a realização de avaliações
automáticas com validadores de acessibilidade complementadas com uma avaliação
manual em recursos digitais que envolvem a aprendizagem. Entretanto cada um tem o
seu método de avaliação, como o primeiro que se destaca por testes de usabilidade em
usuários com deficiência auditiva, o segundo leva-se em consideração os próprios
usuários com deficiência visual, e o terceiro destaca-se pelo problema de
incompatibilidade com o leitor de tela, ou seja, a plataforma pode até possuir um nível
bom de acessibilidade, mas pode ser incompatível com algum recurso de TA que
possibilita o acesso ao conteúdo. Da mesma forma que os trabalhos correlatos
apontados, esta pesquisa realizou uma avaliação automática com o validador de
acessibilidade Axe DevTools complementada por testes de usabilidade para a interação
do usuário por meio de leitores de tela. Como objeto de estudo foi utilizado o curso
“Objetos Inteligentes Conectados” publicado na Plataforma SELI e elaborado para ser
acessível para deficientes visuais.


3 Metodologia

   Para o desenvolvimento desta pesquisa foi realizado um levantamento teórico por
meio de artigos científicos, sites confiáveis e programas que promovem a
acessibilidade e que fundamentou os conceitos básicos aplicados, agregando
conhecimento aos assuntos aqui abordados. Num primeiro momento do trabalho,
estudou-se os conceitos de acessibilidade e suas diretrizes que deram suporte à análise
de um recurso educacional. Além da acessibilidade, foram estudados o estado da arte
da educação inclusiva, usabilidade e métodos de avaliação de acessibilidade.
   Para verificar a acessibilidade para deficientes visuais dos cursos produzidos com o
auxílio da plataforma SELI, foi elaborado, com o auxílio da ferramenta, o curso
“Objetos Inteligentes Conectados”. Este curso é composto por seis páginas web
contendo conteúdos em forma de textos, imagens, vídeos e atividades em forma de
quis. Durante a elaboração dos conteúdos didáticos foram implementados os recursos
de acessibilidade oferecidos pela plataforma específicos para deficiência visual.
   Para avaliar o nível de acessibilidade no curso elaborado a partir da plataforma
SELI foram definidas três etapas. Na primeira etapa foi realizada uma avaliação de
acessibilidade automática utilizando o avaliador Axe DevTools – Web Acessibility
Testing” para avaliar a acessibilidade do conteúdo do curso baseado em WCAG 2.1.
Na segunda etapa foi aplicado um teste de usabilidade com diferentes perfis de
usuário na utilização do curso, de modo que todos os participantes realizaram as
mesmas tarefas previamente definidas com os olhos vendados. Dentre os cinco
participantes, dois possuem deficiência visual. E por fim, os dados coletados nas
etapas 1 e 2 foram analisados de forma a perceber, respectivamente, se haveriam
diretrizes de acessibilidade ausentes no curso acessível para deficientes visuais e, se
haveriam dificuldades, por parte dos usuários, na interação com leitores de tela.


3.1 Avaliação automática de acessibilidade

   Para a validação automática de acessibilidade foi utilizado o validador Axe
DevTools integrado com o navegador Google Chrome que possui recursos para
identificar, prevenir e corrigir problemas relacionados a acessibilidade web. Este
validador faz uma busca na página web e retorna informações detalhadas sobre as
violações de acessibilidade encontradas. A análise de acessibilidade realizado pelo
Axe DevTools é baseada na WCAG 2.1 de acordo com a W3C [15].




Fig. 1. À esquerda, tela analisada do curso e à direita o resultado da análise de acessibilidade da
respectiva tela realizada pelo validador Axe DevTools. O relatório mostra que foram
encontrados 64 problemas de acessibilidade.
   Cada página do curso foi analisada pelo validador automático que gerou um
relatório apresentando as diretrizes de acessibilidade e os critérios de sucesso ausentes
no conteúdo da página, conforme mostra a Fig. 1. Para cada página foi gerado um
relatório apontando os problemas de acessibilidade encontrados.


3.2   Testes de usabilidade

Os testes de usabilidade foram realizados por cinco participantes, todos estudantes,
em maio de 2021, com consentimento de cada um. O número de participantes é
suficiente para perceber cerca de 80% dos problemas de usabilidade, conforme [28].
Dentre os participantes, dois deles possuem deficiência visual e estavam
familiarizados com o uso de leitor de tela e sintetizadores de voz. Devido ao lockdown
para conter a disseminação da COVID-19, não foi possível realizar os testes de
usabilidade com participantes cegos. Os três participantes que não tinham alguma
deficiência visual permaneceram com os olhos vendados durante a interação,
simulando uma pessoa cega, foi a primeira vez que eles utilizaram o leitor de tela.
Apesar de não representar o público-alvo e nem ser o cenário ideal, foi possível
observar algumas dificuldades de interação. Todos os participantes interagiram com o
curso utilizando o leitor de tela NVDA, que transforma o conteúdo visual em voz.
Com o auxílio do NVDA, a execução das tarefas previamente definidas utilizou as
teclas TAB e ENTER para percorrer o conteúdo e navegar entre as páginas.
   Foi utilizado o ambiente operacional Windows 10 e com o uso do navegador
Google Chrome para acessar o conteúdo do curso e realizar as tarefas que foram
definidas para a realização dos testes de usabilidade. O objetivo dos testes foi simular
um ambiente de interação para deficientes visuais e identificar as possíveis
dificuldades que estes usuários eventualmente podem encontrar ao interagir com os
conteúdos do curso que foi elaborado a partir de uma ferramenta que auxilia a
construção de recursos educacionais acessíveis.
   Foram elaboradas três tarefas, as quais cada participante realizou durante os testes
de usabilidade. São elas:
• Cadastro do usuário na plataforma, já que para ter acesso ao conteúdo o usuário
    precisa fazer login no sistema;
• Identificação de áudio descrição dentro da primeira página do curso, ou seja, o
    voluntário precisa navegar na página até encontrar uma alternativa de áudio que
    explique sobre um conteúdo oferecido;
• Responder um quiz com algumas perguntas sobre o conteúdo, com o objetivo de
    verificar se é possível entender que há alternativas para as respostas e escolher
    uma delas.


4 Resultados

De acordo com a avaliação automática, foram obtidos resultados que evidenciam a
ausência de diretrizes de acessibilidade estabelecidas pela WCAG 2.1, conforme
apresenta a Tabela 1. Encontram-se diretrizes ausentes nos quatro princípios de
acessibilidade: 1. perceptível, 2. operável, 3. compreensivo e 4. robusto. A Tabela 1
apresenta a relação das diretrizes e os critérios de sucesso ausentes, o nível de
conformidade, o local em relação à página do curso analisado e a quantidade de vezes
em que estas ausências foram identificadas juntamente com o total em que aparecem.

Tabela 1. Resultado da avaliação automática de acessibilidade realizado com o validador Axe
DevTools. Fonte: autores.

Diretrizes Ausentes     Critério de sucesso     Nível Local         Qtde de vezesTotal
                                                                    que aparece
Diretriz 1.1             1.1.1                          pag.6        2
                                                 A                                2
Alternativas em texto    Conteúdo não textual
Diretriz 1.2             1.2.2                          pag.1        1
Mídias com base em       Legendas pré-           A                                  1
tempo                    gravadas
Diretriz 1.3             1.3.1                          pag.2        1
Adaptável                Informações             A                                  2
                                                        pag.6        1
                         e relações
Diretriz 1.4             1.4.3                          pag.1        5
Discernível              Contraste Mínimo
                                                        pag.2        4
                                                        pag.3        3
                                                 AA                                 27
                                                        pag.4        6
                                                        pag.5        3
                                                        pag.6        6
Diretriz 2.1             2.1.1                          Todas as     1 em cada
                                                 A                                  6
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Diretriz 3.1             3.1.1                          Todas as     1 em cada
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Compatível               Nome, Função e Valor
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   Em relação aos testes de usabilidade percebeu-se que os usuários tiveram algumas
dificuldades durante a interação. Ao realizar a atividade 1, todos os participantes
tiveram dificuldades na submissão do formulário de cadastro, pois o botão “Inscreva-
se” localiza-se no canto superior direito do formulário e não no final dele como
esperado. Isso mostra que o botão fica fora da ordem lógica do usuário, uma vez que
ele será utilizado após o preenchimento do formulário e não antes. Dois participantes
encontraram dificuldade em inserir os dados nos campos de cadastro, ou seja,
segundo eles, não fica claro qual tipo de dados deve ser inserido e nem se foi inserido
corretamente.
   Durante a interação com o conteúdo do curso, os participantes relataram a
dificuldade de leitura do texto, devido à repetição de informações e duplo idioma,
dificultando o entendimento do aluno em diferentes momentos do curso. A
localização do botão de reprodução do áudio para executar a tarefa 2 foi difícil para
três participantes. Segundo eles a sintetização de voz não apresenta de forma clara
onde está o botão, visto que para ele ser encontrado o sintetizador de voz faz a leitura
de palavras e números até chegar no botão de reprodução do áudio.
   Essas dificuldades encontradas e outras mais simples conforme apresentadas na
Tabela 2, limitam o acesso do aluno na plataforma, pois de certa forma alguns pontos
são cruciais para que o aluno possa acessar o conteúdo do curso de forma satisfatória,
eficiente e eficaz, engajando-o no aprendizado. A seguir, a tabela 2 aponta as
dificuldades relatadas pelos participantes que realizaram o teste de usabilidade.

Tabela 2. Dificuldades encontradas pelos participantes dos testes de usabilidade durantes a
execução das tarefas previamente definidas. Fonte: autores.

Atividade                 Dificuldade                    Descrição da dificuldade
Atividade 1              Informação Confusa              Muita informação sendo lida
Cadastro                                                 seguidamente, alguns números e
                                                         palavras sem sentido
                         Campos mal identificado         Dificuldade para entender onde
                                                         inserir os dados do cadastrado; não
                                                         há um indicador do dado que se
                                                         deve inserir
                         Falta de localização            Em alguns momentos não dá para
                                                         saber se está no começo, no meio
                                                         ou no fim da página

                         Duplo Idioma                    Algumas palavras em inglês e
                                                         outras em português
                         Foto de perfil sem sentido      Acaba se tornando uma tarefa um
                                                         pouco constrangedora, já que não
                                                         se pode enxergar a foto
                         Ausência de Status de           Não informa se um campo foi
                         visibilidade                    preenchido corretamente
                         Ausência de Status de           Após clicar em inscreva-se nada
                         visibilidade                    mais é falado
                         Falta de sequência logica       O botão de finalizar cadastro
                                                         deveria se localizar no final do
                                                         formulário, mas parece no início
                                                         da página
Atividade 2             Conteúdo mal definido           Não existe uma separação entre
Encontrar áudio                                         botão, campo e conteúdo, apenas
descrição                                               são lidas as informações
                        Informação Confusa              Palavras confusas, leitura de
                                                        sequência numérica que dificultam
                                                        a localização da audiodescrição
                        Duplo Idioma                    Algumas palavras em diferentes
                                                        idiomas
                        Botão Play                      Não sintetiza claramente o botão de
                                                        reproduzir o áudio
Atividade 3             Tempo de atividade              Por possuir dificuldades para
Responder o QUIZ                                        compreender,
                                                        um temporizador não seria ideal
                        Sem status de visibilidade da   Não existe nada que informe se
                        finalização                     acabou ou não o QUIZ
                        Idiomas diferentes              É notado algumas palavras em
                                                        inglês e outras em português
                        Sem divulgação de nota          A nota deveria ser mostrada após o
                                                        término do QUIZ, mas não informa
                                                        nada




5 Considerações Finais e Trabalhos Futuros

Esta pesquisa realizou uma avaliação de acessibilidade, especificamente para
deficientes visuais, em um curso elaborado com o auxílio da plataforma SELI na
visão do estudante. Uma das funcionalidades oferecidas pela plataforma SELI é
auxiliar professores na criação de materiais didáticos acessíveis e, após sua criação,
disponibilizar este material para os estudantes. Para aferir a acessibilidade do curso,
foram realizados uma validação automática de acessibilidade e testes de usabilidade.
   De acordo com a avaliação automática realizada na plataforma, foi possível
identificar problemas com os quatro princípios de acessibilidade da WCAG 2.1:
perceptível, operável, compreensivo e robusto. Identificou-se sete diretrizes e oito
critérios de sucesso ausentes. Dentre as diretrizes destacam-se as alternativas textuais
para conteúdos não textuais, mídias com base no tempo, adaptável, acessível por
teclado, legível e compatível, sendo todas de nível A. Foi encontrada a ausência de
uma diretriz de nível AA, a diretriz discernível com o critério de sucesso contraste
mínimo.
   Levando em consideração o teste de usabilidade, é possível notar que existe alguns
pontos que dificultam a interação do usuário, por exemplo. Um exemplo é o envio do
cadastro de um novo aluno na plataforma, pois o botão de enviar o cadastro fica fora
de ordem lógica, além disso, a faltam informações claras sobre qual tipo de dado
inserir nos campos. Outro ponto que também ficou claro como dificuldade para 100%
dos participantes foi, a leitura seguida de informações repetidas e sem sentido em dois
idiomas, que em diversos momentos desorientou os usuários no acesso ao conteúdo
do curso.
   Apesar de ser um curso elaborado a partir de uma ferramenta que tem como
propósito a criação de cursos e/ou recursos didáticos acessíveis, as avaliações
automáticas e os testes de usabilidade evidenciam que ainda há alguns problemas de
acessibilidade a serem corrigidos na plataforma SELI. Garantir a boa acessibilidade
nos materiais didáticos exige atenção especial na implementação das diretrizes de
acessibilidade, que muitas vezes não são triviais para o desenvolvedor. Este fato é um
alerta de que, apesar da padronização das WCAG, os desenvolvedores ainda precisam
conciliar a complexidade do sistema com a aplicação adequada das diretrizes de
acessibilidade.
   Como trabalhos futuros sugere-se a realização de testes de usabilidade com mais
participantes com deficiência visual para aferir com mais precisão as dificuldades de
interação para este público. Sugere-se também estender a validação de acessibilidade
para outras deficiências, como a auditiva e cognitiva. Desta maneira, pode-se alcançar
resultados mais abrangentes e precisos sobre a acessibilidade dos cursos oferecidos
pela plataforma SELI.

Agradecimentos. Esta pesquisa teve apoio do Projeto ERANET-LAC que recebeu
financiamento do Programa European Union's Seventh Framework. Project Smart
Ecosystem for Learning and lnclusion - ERANetl 7 /ICT-0076SELI. O trabalho
também foi apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
(FAPESP) 2018 / 04085-4.


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   19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção
   da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá
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